Cansados de trafegar em estrada de péssimas condições e sem manutenção, um grupo de produtores rurais de Garruchos e de Santo Antônio das Missões lideraram um movimento que buscou parcerias para recuperar um trecho de 14,3 km que fica entre a Esquina Brizola e a Casa Verde, que era considerado o pior trecho da ERS 176 que liga Garruchos à BR 285.
O grupo de Produtores conseguiu a parceria com a Prefeitura Municipal de Garruchos, que através dos seus Secretários foi em busca de autorização do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), responsável pela manutenção e recuperação da rodovia, com a Prefeitura se comprometendo a entrar com o maquinário e a mão de obra, com os produtores arredando contribuições de óleo diesel deles próprios e de empresas localizadas na região e a obra já foi executada, beneficiando não somente os produtores, mas toda a população da região que se utiliza desta estrada e muitas vezes tinha que fazer caminhos alternativos pelas precárias condições da via.
Garruchos é um dos municípios do Rio Grande do Sul que tem a maior distância sem ligação asfáltica, 57,3 quilômetros e há anos reivindica essa obra de infraestrutura e neste ano houve o anúncio de início da obra com o asfaltamento de um primeiro trecho, com os trabalhos sendo realizados de forma lenta, segundo depoimento dos produtores.
O Presidente da Coopatrigo Paulo Pires parabenizou a iniciativa dos produtores de Garruchos, que é uma resposta ao descaso do Governo do Estado à população desta região, que é altamente produtiva em grãos e pecuária, mas acaba sendo prejudicada pela falta de infraestrutura. “Nós da Coopatrigo estamos juntos com os produtores e fizemos nossa contribuição para a realização desta obra, mas ressaltamos o sentimento de lamentação, pois os produtores além de todos os problemas que possuem, com custos altos de produção, frustrações de safras, margens reduzidas, ainda tem que fazer um trabalho que é de obrigação do estado, para terem condições de transportar sua produção e trafegar com tranquilidade nas suas outras necessidades”, afirmou Paulo Pires.