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Santo Antônio das Missões, é o lar do Museu Monsenhor Estanislau Wolski, um verdadeiro tesouro para os amantes da história e da cultura jesuítico-guarani. O museu é reconhecido por abrigar uma coleção de 73 miniaturas datadas dos séculos XVII e XVIII, sendo considerado o segundo maior acervo de arte barroca jesuítica em miniaturas no Brasil.
As miniaturas em exposição no Museu Monsenhor Estanislau Wolski revelam a transposição do ambiente sagrado das igrejas para o espaço individual do culto doméstico. Nesse espaço da subjetividade, a estética autóctone ganha destaque, ressimbolizando a iconografia indígena. Embora grande parte do acervo iconográfico remanescente seja utilizada para essa ressignificação, as referências às miniaturas, que compõem uma parte expressiva desse acervo, são escassas ou praticamente inexistentes.
Essas miniaturas, de certa forma, foram negligenciadas devido ao fato de não seguirem as características do estilo barroco europeu, tão exaltado quando se trata dos remanescentes materiais jesuítico-guaranis. Elas não possuem os detalhamentos minuciosos, os gestos amplos e as vestes esvoaçantes que demonstram influência europeia.
O museu, criado pela lei 25/77 e inaugurado em 5 de novembro de 1977, resultou da aquisição do acervo do padre Olmiro Hartmann pela prefeitura, com o objetivo de preservar e compartilhar a riqueza cultural das Missões jesuítico-guaranis. O prédio que abriga o museu foi construído sob a orientação do padre, que era estudioso das Missões e se inspirou nas habitações dos índios missioneiros. Suas paredes são feitas de pedra itacuru, conhecida como pedra-cupim, que era abundante na região e provavelmente foi utilizada nas construções missioneiras.
O Museu Monsenhor Estanislau Wolski passou por um processo de restauração em 2006, com recursos da Caixa Econômica Federal e FUNMISSÕES, por meio do programa "Circuito das Imagens Missioneiras - Fé e Arte em Harmonia". A restauração incluiu a reforma do prédio, a restauração e impermeabilização das estátuas, além da remoção das repinturas anteriores e sujidades causadas pelo tempo e conservação inadequada. A conservação e restauração das imagens foram realizadas pela experiente restauradora Suzana Cardoso Fernandez, sob a supervisão da curadoria de Ceres Storchi e Maria Teresa Custódio, com consultoria de Luiz Antônio Custódio.
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