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Agnaldo Barcelos deverá deixar presidência do STR e descarta possibilidade de candidatura à prefeito
21/12/2019 10:28
Foto: (Foto: Reprodução | Arquivo)

Agnaldo Barcelos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Antônio das Missões e Garruchos, concedeu entrevista em primeira mão ao Grupo Fronteira Missões falando sobre ações na política e projetos no movimento sindical em 2020.

Ele iniciou explicando que faz parte de um movimento sindical que é composto de sindicatos, que tem uma federação a nível estadual e tem uma confederação nacional, ou seja, os sindicatos não são isolados e sim fazem parte de um sistema, e sendo assim, estão ligados à Fetag, órgão mãe, a qual é administrada por representantes dos sindicatos, sócios de sindicatos e tem um mandato de quatro anos que ocorrem através de eleições. Perante a isso, relatou que a Fetag está justamente em pleno processo eleitoral, onde o prazo para registro das chapas está findando, a eleição é dia 14 de janeiro e a posse provavelmente dia 21 de fevereiro.

Agnaldo evidenciou que nesta composição da diretoria da Fetag, a chapa está presidida pelo atual presidente, o qual teve seu nome indicado por todas as regionais, sendo assim, dentro desta chapa Agnaldo recebe a responsabilidade de assumir um cargo na diretoria durante a próxima gestão. Ele explicou também que a Fetag elabora uma diretoria não de forma aleatória, e sim através de um conjunto e quem faz parte da diretoria vai por uma indicação de uma região ou de várias regionais, por isso, considera que esta é uma grande oportunidade e também um desafio, porque está concorrendo ao cargo de tesoureiro geral da Federação.

Agnaldo conta que em 2012 foi convidado a estar participando da diretoria e assumir um dos cargos executivos e na época recusou por uma opção, pois considerava que naquela época a sucessão não estava pronta, então escolheu ficar e concorrer a vice-prefeito no município. Já em 2016, recebeu novamente o convite e não aceitou porque na época o seu pai estava doente, e agora que considerava isso estar fora de cogitação, o movimento sindical chamou a responsabilidade e irá cumprir um compromisso assumido e vê esse desafio como uma grande oportunidade de atuação maior, de trazermos mais conquistas para o movimento sindical e por consequência, para a região e para Santo Antônio das Missões e Garruchos.

Ele detalhou ainda que deve continuar como presidente do STR até final de fevereiro, e a chapa na qual está participando, sendo eleita, no final de fevereiro irá se licenciar da entidade para assumir novo cargo e, então, assume a gestão do Sindicato a atual vice-presidente, Valdemari Belchor. Agnaldo disse que está tranquilo sobre o andamento do Sindicato, porque o mesmo conta com uma equipe extremamente preparada, existe uma sucessão preparada e a entidade vai continuar seus vários projetos organizados e nada vai parar, afirmou ainda que vai seguir acompanhando e ajudando, pois entende que a responsabilidade do mandato de presidente do Sindicato continua sua até 2022 e assumiu essa responsabilidade com a equipe e os associados.

O presidente disse que está é uma oportunidade de ajudar a fazer a gestão de uma grande federação que tem uma interface com diversos segmentos da sociedade e estará fazendo um trabalho pela causa e acredita nela, até porque tem dedicado os seus últimos 16 anos a lutar pela categoria. Ressaltou que tinha outros projetos inclusive para Santo Antônio das Missões, e que estes não serão abandonados, somente protelados, mas assume essa responsabilidade e esse chamamento porque acredita que é resultado de trabalho em equipe, da representação que fez a nível regional, coordenação da Macro Regional que nos últimos anos fez os maiores movimentos de agricultores, protestos e mobilizações do Estado.

Agnaldo relatou que a Regional Sindical Missões Noroeste só teve uma oportunidade de estar na executiva da Fetag, quando Lisiane Cunha, uma jovem que assumiu a coordenação de jovens em anos anteriores e novamente neste momento, e está é uma chance de trabalhar pelo Estado inteiro, pela região, mas que certamente Santo Antônio das Missões e Garruchos terão sempre um olhar especial, porque têm algumas políticas que considera estratégicas e tem pedido que estas fiquem em sua pasta, sendo uma delas o Crédito Fundiário e também a parte de pecuária familiar para ampliar os canais de recursos, mais acesso, valorização para o pecuarista familiar, além da parte administrativa de tesouraria.

Questionado sobre as questões políticas, considerando que o seu nome era cogitado como candidato a prefeito de Santo Antônio das Missões para as eleições de 2020, disse estar muito contente das pessoas acreditarem que poderia desenvolver um bom trabalho no município e que este é um sonho, mas que fica protelado. – “Eu fico muito feliz de ser cogitado, mas nós temos vários outros nomes e eu acredito que Santo Antônio das Missões tem uma vocação muito grande para o desenvolvimento, nós precisamos parar um pouco de discutir interesses partidários ou interesses de pequenos grupos e olhar para o desenvolvimento do município e pensar em alguém que vai fazer gestão, menos política e mais gestão, olhando para 8, 10, ou 20 anos. Tenho certeza que independentemente de partido político, o ano que vem teremos bons candidatos e candidatas, e a comunidade vai poder exigir um projeto de desenvolvimento. Se Deus permitir, um dia ainda vou colocar meu nome para concorrer a prefeito do nosso município, porque eu tenho esse sonho e acho que posso fazer gestão, mas não será o ano que vem, pois os compromissos do movimento sindical me encaminham para outros rumos”, enfatizou.

Agnaldo deve voltar a conversar com a reportagem em breve para falar sobre o andamento do processo eleitoral, planejamento da nova diretoria da Fetag e metas a serem atingidas.

 

Fonte: Grupo Fronteira Missões

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