Geral
Agrônomo comentou sobre colheita do trigo e alerta sobre cuidados no plantio da soja
14/11/2019 16:36
Foto: Guilherme Matzenbacker é agrônomo da Coopatrigo em Santo Antônio (Foto: Arquivo Pessoal)

O engenheiro agrônomo da Coopatrigo, Guilherme Matzenbacker, em entrevista ao Fronteira Missões na última semana, comentou sobre as condições da colheita do trigo no município, produtividade e o impacto das últimas chuvas para as produções.

Sobre a fase da colheita do trigo, Guilherme estima estarem com 95% colhido, dentro da área de abrangência da Coopatrigo em Santo Antônio das Missões, seja nas localidades de São José, São Gregório e Rincão do Meio, ressaltando que as unidades do interior também recebem grãos dos municípios de São Borja, Itacurubi, Garruchos e Bossoroca.

O índice de produtividade está em torno de 55 sacas por hectare, no entanto, existem áreas com mais tecnologia implantada como rotação de cultura, por exemplo, milho e canola que se chega há mais de 70 sacos por hectare, mas não é uma média geral. Guilherme ponderou que a média de 55 sacas por hectare é uma boa produção, considerando que o trigo é uma cultura que está muito desprestigiada neste ano.

Questionado se haveria diminuição ou aumento na área cultivada do trigo no município ou na região, o engenheiro agrônomo explica que, conforme reuniões realizadas com outras entidades não se registra diminuição ou aumento gradativo, se manteve a mesma área do ano anterior, isso porque produtor precisa plantar, considerando que deixar para pagar contas e se manter financeiramente somente com soja se torna difícil.

Em relação às chuvas, disse que gerou um grande impacto para os produtores, tanto que o produtor que plantou o trigo mais tarde, por causa da chuva em maio, acabou atrasando o plantio e agora os produtores que ainda têm para colher, o trigo perdeu qualidade com certeza, e também não é possível finalizar a colheita para iniciar o plantio da soja.

O profissional orientou os produtores que não realizem o plantio da soja com o solo encharcado, porque tem tudo para não dar certo, pois, por exemplo, na terça-feira registrou-se mais de 160 mm, e frente a esse contexto, o impacto é de que se precisava ter no mínimo 25% de área plantada de soja, considerando a época, e ainda não se tem, no entanto, pediu para o produtor ter calma mesmo que estejam ocorrendo alguns atrasos, porque nessa situação é mais importante tardar o plantio do que adiantar e acabar plantando mal, pois se não estabelecer a lavoura, não haverá alta produtividade. Ponderou também que a cautela é para que o produtor não desperdice dinheiro, pois os custos para as lavouras estão altas, então, não se pode dar margem para erro.

Sobre o milho, disse que a cultura está com um bom andamento, está em fase de atendimento e de enchimento de grão.

 

Autor: Jéssica Ourique

Fonte: Grupo Fronteira Missões

Mais notícias - Geral