Na tarde do domingo, dia 20, o Museu Monsenhor Estanislau Wolski de Santo Antônio das Missões, recebeu a visita de 25 estudiosos de história como professores e pesquisadores de origens diversas, sendo dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e também de outras nacionalidades como dos Estados Unidos e da Itália. O início da excursão se deu na cidade de Foz do Iguaçu no dia 13 de outubro, onde adentraram no Paraguai passando pela Argentina com a exploração dos 30 Povos das Missões daqueles países, após deslocaram-se para o Rio Grande do Sul para visitar os sete Povos das Missões.
A visita faz parte de um projeto do Instituto de Estudo Avançado da Universidade de São Paulo (USP) que possui o Grupo Tempo Memória e Pertencimento que se preocupa com a valorização, preservação e a fusão de conhecimento em cima do patrimônio histórico brasileiro, monumental e documental do esquecimento e que tem como coordenadora a Professora Marina Massimi.
Em nosso município eles foram recebidos pelo Prefeito Municipal Puranci Barcelos, Secretária da Educação Gladis Miranda, Supervisora do Museu Graziela Dutra da Silva e o Professor Luiz Conceição Machado, que fez a apresentação, contou a história do museu e dos objetos pertencentes ao acervo. A visita também contou com os artesanatos da família Camargo para apresentação e admiração dos visitantes.
Em entrevista ao Grupo Fronteira Missões, a Professora Marina Massimi que é de origem italiana, mas mora no Brasil há 37 anos, falou sobre a percepção que adquiriu nas visitas às ruínas da região do Rio Grande do Sul em comparação com as da Argentina e Paraguai, que são muito preocupantes, pois o povo brasileiro precisa avançar muito para a preservação e valorização da história, isso deveria ter uma atenção muito maior por parte dos governantes e administradores dos ensinos nacionais, que as crianças deveriam ter um aprendizado mais profundo, com conhecimento, valorização e preservação.
Já a professora Raquel Martins, da Universidade de Minas Gerais (UMG) do Campus de Belo Horizonte, falou que na cultura nacional o ensino nas escolas da região sudeste, que é a sua, não se ensina e não se comenta da história do Rio Grande do Sul referente as Reduções Jesuítas, mas que o seu sentimento é que no próprio estado aqui, não se busca aprofundar e ensinar a valorizar esta história.
Depois de aproximadamente uma hora no museu a excursão se despediu e seguiu a caminho da cidade de Santo Ângelo, o último local de visita, após, cada um de seus participantes retornarão para suas cidades de origem.
Autor: André Taborda
Fonte: Grupo Fronteira Missões