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Cpers iniciará greve quando projeto que altera carreiras for protocolado
09/10/2019 07:46
Foto: Nesta quarta, representantes da entidade se reunirão com o governador Eduardo Leite (Foto: Guilherme Testa)

A presidente do Cpers, Helenir Schürer, garantiu na terça-feira que professores e entidades representadas pelo sindicato entrarão em paralisação após o protocolo na Assembleia Legislativa dos projetos do governo do Rio Grande do Sul para reestruturar o funcionalismo. "Já temos uma decisão. E a greve vai ser o espaço de tempo necessário para nos aprofundarmos, estudarmos, apresentarmos contra-proposta ou nos manifestarmos totalmente contra", explicou a professora, que estima que, 72 horas após o início, será feita uma discussão sobre que rumo seguir.

Os pilares da reforma apresentada pelo governador Eduardo Leite, ontem, são alterações nas chamadas vantagens temporais, em gratificações, no plano de carreira do magistério e na previdência.

Nesta quarta, às 14h, representantes da entidade participam de reunião com o chefe do Executivo para debater a questão. "Vamos poder esclarecer tudo. Tenho muitas dúvidas sobre o que foi proposto. O que eu conheço até agora é o que foi divulgado na imprensa. Quero ver na íntegra para fazermos uma avaliação serena", disse. "Esperamos que tenhamos início de um diálogo de construção, mas também temos o compromisso de, assim que recebermos uma proposta, enviá-la para a base de nossa categoria. É com ela que queremos discutir para nos posicionarmos", completou.

Uma das propostas é manter níveis, de acordo com a formação dos professores: ensino médio, licenciatura curta, graduação, especialização e mestrado ou doutorado. Todos ganhariam piso nacional e um subsídio conforme a titulação. Para a professora, essa questão não está clara. "Não fala quais as diferenças de percentual de um para outro. Isso é muito caro para nós, porque no nosso atual plano de carreira, do nível 1 para o 6, a diferença é de 100%", explica.

Outro ponto que não satisfaz a presidente do Cpers diz respeito às gratificações, cuja incorporação será possível por servidores que as tiverem exercido por cinco anos ininterruptamente ou 10 anos de forma escalonada. No caso de ocuparem mais de uma função gratificada (FG) ao longo da atividade funcional, vale a incorporação daquela de maior valor, contanto que tenham permanecido com ela por, pelo menos, um ano. Em tese, no Executivo, o servidor deve estar no exercício da FG maior para levá-la para a aposentadoria.

"Quero estar errada, mas isso me passa a impressão de se tu ganhares gratificações daquilo que ultrapasse o piso hoje e, conforme ele vá se recompondo, essas gratificações somente vão diminuindo e não tenha realmente um ganho salarial para nossa categoria", defende.

Previdência
As mudanças na previdência estadual seguirão as normas nacionais em vias de aprovação no Senado. Conforme Schürer, essa questão só poderá ser discutida "depois de termos um reajuste substancial". "A proposta que está sendo apresentada é: vamos tirar mais um poucos daqueles que quase não têm nada", avaliou.

 

Fonte: Correio do Povo

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