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Prefeito José Rubem Loureiro faz contraponto aos depoimentos da comunidade sobre a falta de água
09/02/2018 13:38
Foto: Prefeito do município de Itacurubi, José Rubem Loureiro (Foto: Jéssica Ourique)

Na manhã da quinta-feira, dia 8, o prefeito de Itacurubi, José Rubem Loureiro, participou do programa Conversa Aberta da Rádio 89,1 FM e fez o contraponto em relação a problemática da água na município, explicou as medidas que que estão sendo tomada, e discorreu sobre outros diversos assuntos.

Em suas considerações iniciais, José Rubem, falou não ser novidade os problemas da água no município, principalmente, neste período do forte do verão e no pico do alto consumo de água e ponderou que assim como em outros municípios brasileiros, Itacurubi também é um município que enfrenta problemas locais e como gestor, tenta resolver ordeiramente, junto da comunidade e autoridades públicas.

Em relação as reclamações feitas pelos moradores e vereadores dos motivos da falta de água, ponderações sobre a taxa mensal e o que será feito para resolver o abastecimento de água no município, o prefeito disse: – “O que está sendo feito é a perfuração de um poço no lençol freático do Aquífero Guarani, este poço está licitado, já está assinado o contrato com a empresa vencedora da licitação, está empenhado o recurso em favor da empresa e a mesma possui a ordem de serviço somente aguardamos a liberação do órgão de recursos hídricos para que a empresa possa vir para perfurar o poço, então nós estamos nessa expectativa, e isso quer dizer que a minha parte, juntamente com a minha equipe, para sanar esse problema, a gente foi atrás e fizemos. Esse poço está licitado em 213m de profundidade, segundo os dados técnicos, e Itacurubi está a 174m do nível do mar, então vai furar, com toda certeza, o lençol freático e o poço terá uma vazão de 30 mil litros hora, hoje, na situação atual que estamos vivendo, está sendo ofertado na rede pública de abastecimento de água da cidade 12 mil litros de água por hora, e realmente não está sendo eficiente, o problema se agravou mais nos últimos dias, porque queimou uma bomba de um poço, foi retirada e levada imediatamente para São Luiz Gonzaga em uma empresa que repõe, recupera e vende bomba, e eles não tinham no momento, bomba nova para nos vender, tinha que encomendar e a chegada dessa bomba daria o tempo de recuperação da bomba, e por ser mais econômico, decidimos por recuperar”.

José Rubem também explicou que o custo de uma bomba atualmente, é de aproximadamente 10 mil reais, variando de acordo com a capacidade e potência. Sobre o poço que ocorreu problema, o prefeito explicou: – “Este poço é muito antigo, soubemos que antigamente eram usadas máquinas de pouco recurso, perfuravam poços com 60 a 70m de profundidade e esses poços não tem uma capacidade de abastecer tantas famílias, ele não produz tanta água por hora. As vezes o pessoal faz fofoca, o problema existe, nós detectamos e estamos trabalhando, estamos a poucos passos de resolver e eu acredito que este poço perfurado vai acabar por muitos anos a problemática de falta de água”.

Referente ao período de dias totalmente sem água, ele informou que foi pela necessidade de retirada da bomba, restauração e recolocação e também ressaltou que esse mecanismo é usado nos 34 poços artesianos existentes no município. Ao ser questionado se o recurso que entra das taxas pagas pela população é aplicado em uma conta específica e é revertido na manutenção das redes, ele detalhou: – “As tarifas caem no caixa único da prefeitura, só que a prefeitura tem a parte técnica contábil e gerencial financeiramente, então estes orçamentos do que entra e do que sai tudo é contabilizado e prestado conta”. Outro assunto abordado pelo prefeito é que o sistema da água, no sentido de receita e despesa, gera um prejuízo para os cofres públicos.

Questionado sobre as declarações da dificuldade de dialogar com o prefeito, pouco atendimento e o não recebimento de respostas de problemas comunitários, José Rubem falou que tem cobrado da equipe, por acreditar que o cidadão que vai a uma repartição pública quer receber uma resposta em relação a algum problema e explicou que muitas vezes precisa de tranquilidade para poder pensar o município e resolver os muitos problemas da comunidade. Voltado as questões de falta de diálogo ele afirmou que os vereadores nunca o procuraram para conversar, – “entra presidente, sai presidente, nunca me disseram: Eu quero um momento para conversar contigo, eles são demagogos”, disse o prefeito.

Sobre a declaração do vereador Bruno Pavão, o administrador declarou: – “Ele nunca me procurou, ele nunca procurou o secretário de Infraestrutura, o chefe do setor de água, eu reuni esse pessoal depois que eu ouvi aquela barbaridade, e perguntei: O que está acontecendo, vocês não deram atenção para o Bruno? Não deram resposta para o Bruno? Ele nunca procurou a mim”.

Na sequência da entrevista, o prefeito seguiu falando sobre a proposição de construção de uma barragem e questionou: - “Uma população de 1.500 pessoas dentro da cidade tem condições de ter uma barragem de abastecimento de água? Será que se sustenta com as taxas atuais da água?” e considerou esta situação como um fato político que está sendo criado para ganhar espaço.

Por fim informou que é necessário disciplinar o uso da água, regulamentar, colocar hidrômetro, mas enfatizou que será feito somente depois que a lei for votada, então será encaminhado um Projeto de Lei para a regulamentação de água, para que a população pague pelo que consumir.

Conforme questionado pela comunidade, o prefeito ainda abordou sobre questões do lixo, iluminação pública, obras paradas, estradas que estão necessitando manutenção e a importância de informativo da prefeitura para manter a comunidade informada.

OBS.: Confira a matéria completa na edição do Jornal Fronteira Missões deste sábado, dia 10.

 

Autor: Jéssica Ourique

Fonte: Grupo Fronteira Missões

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