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Governo do Estado decide cortar ponto de grevistas do Cpers
30/09/2017 09:12
Foto: Professores estaduais estão paralisados há 25 dias (Foto: Alina Souza)

O Governo do Rio Grande do Sul anunciou, na tarde desta sexta-feira, o corte do ponto dos servidores do Cpers/Sindicato após a categoria decidir continuar com a greve geral dos professores estaduais que completa hoje 25 dias.

Segundo nota divulgada, o governo pede que os professores mantenham as aulas e pede a colaboração dos pais e da comunidade escolar. "A responsabilidade pela preservação do ano letivo é compartilhada por toda a sociedade. O Governo do Estado segue aberto ao diálogo", diz o texto.

De acordo com governo, 47% dos servidores da Educação receberam os salários integralmente nesta sexta e que até o dia 11 de outubro, todos estarão com os salários quitados, assim como ocorre com a maioria dos trabalhadores.

Segundo a nota, a crise que se instala no Estado não é por vontade da atual gestão. "E para sair dela, precisamos de responsabilidade política e financeira, não de populismo e demagogia. Estamos fazendo todos os esforços para recuperar os serviços públicos e normalizar o pagamento dos servidores. O governo sempre manteve o diálogo e, nesta semana, anunciou o pagamento prioritário a quem ganha menos e a indenização pelos dias de atraso", diz o texto.

Conforme a presidente do sindicato, Helenir Schürer, o corte de ponto visa amedrontar e penalizar os docentes, que exigem recebimento do pagamento integral e sem atraso. “Nós vamos acionar o nosso Departamento Jurídico, até porque a Justiça tem que esclarecer como será o cortado o ponto de quem não recebe salário”, rebate.

Cpers decide manter greve geral 
Em assembleia geral realizada na manhã desta sexta, os professores estaduais decidiram por seguirem com a greve. O encontro, realizado no ginásio Gigantinho, se destacou por bater o recorde de público desde o ano passado, além de ter contado com adesão expressiva de pais e alunos.
 
Ao final da assembleia, o público seguiu em caminhada pelas ruas de Porto Alegre até o Largo Glênio Peres, onde se juntou a outros servidores estaduais em manifestação contra o parcelamento de salários.
 
 

Fonte: Correio do Povo

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