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Primavera no RS deve ter calor, chuva e influência do fenômeno La Niña
23/09/2017 09:53
Foto: primavera marca um momento de transição entre o frio invernal e o calor do verão e também é período das flores (Foto: Reprodução | Internet)

Após um inverno quente no Rio Grande do Sul, a estação das flores começou na sexta-feira (22), precisamente às 17h02min. A primavera marca um momento de transição entre o frio invernal e o calor do verão, no movimento contrário ao do outono, e pode ser considerada temperamental: um vai e volta entre dias mais frios e quentes.

Em outubro, a região sul e o oeste do Estado terão uma frequência maior de frente fria, podendo chover ligeiramente acima da média na Campanha e nas Missões. Mas o tempo fechado nesse período não é exatamente uma novidade para os gaúchos. Ao puxar pela memória, vemos que, no ano passado, o município de Erechim registrou 4,7°C e o de Vacaria chegou a 6°C. Isso porque em 2016 o Pacífico estava mais resfriado do que de costume e não tivemos o El Niño, fenômeno que esquenta as águas, deixando o frio menos intenso. Já para novembro, a estimativa é de tempo um pouco mais seco, principalmente na Região Central.
 
Com a aproximação do fim da primavera e do início do verão, em 21 de dezembro, existe a possibilidade de formação do La Niña. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o resfriamento da temperatura na superfície do oceano Pacífico Equatorial, visto entre o fim de agosto e início de setembro, aumentou ligeiramente a probabilidade, que agora registra entre 50% e 60% de chances de se consolidar. O fenômeno altera a temperatura do oceano e, por consequência, muda a circulação atmosférica. Assim, podem ocorrer dias um pouco mais frios. A partir de janeiro do ano que vem, o fenômeno perde força.
 
Essa previsão climática é feita pelo Inmet, que leva em conta uma base de dados dos últimos 30 anos.  A estimativa é feita a cada mês e projeta os próximos três meses. No próximo trimestre, a média do volume de chuva esperada para Porto Alegre, por exemplo, é de 307 milímetros, com maior incidência de chuva em outubro. Em comparação, o volume de chuva vista entre os dias 14 e 16 deste mês se aproximaram da média mensal em Porto Alegre, de 139 milímetros, conforme a Vigilância Meteorológica (Metroclima) do Centro Integrado de Comando (Ceic) da Capital.
 
A estação da vez marca o momento em que os hemisférios recebem praticamente a mesma radiação. — Por isso, o dia e a noite têm o mesmo número de horas, sem escurecer mais cedo, como no inverno, nem mais tarde, como no verão — diz a meteorologista do Inmet Morgana Almeida.

Inverno quente, verão pior ainda?
 
Marcado por poucas chuvas e predominância de dias secos consecutivos, o inverno gaúcho foi quente em 2017. Apesar de registrar tempestades em algumas cidades do RS e de Santa Catarina, além de temperaturas abaixo de zero em localidades da Região Sul, o frio deu lugar a dias ensolarados e termômetros com números acima da média.
 
Para quem não gosta de tanto calor, a estimativa é positiva. De acordo com o Inmet, a primavera é, climatologicamente falando, um período de transição entre as estações de frio e calor. Portanto, ela tende a regularizar as temperaturas, e o calor visto no inverno não deve influenciar no próximo verão, que começa em 21 de dezembro, às 14h28min, no horário de Brasília.
 
 

Fonte: GaúchaZH

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