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SETEMBRO AMARELO: Campanha de Valorização à Vida e Prevenção ao Suicídio ocorre neste mês
06/09/2017 17:12
Foto: O tema da campanha é:

O programa Conversa Aberta da Rádio Fronteira Missões 89,1 FM da quarta-feira tratou sobre o Setembro Amarelo, a Campanha de Valorização à Vida e Prevenção ao Suicídio. Esta é uma campanha que acontece desde 2014 em todo o país e visa a conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Participou da entrevista, Rozelane de Santis Morais, psicóloga e representante do Núcleo do Apoio a Atenção Básica (NAAB), a qual explicou sobre o objetivo e a importância da campanha. Ela evidenciou que o Setembro Amarelo visa divulgar a prevenção do suicídio, - “nós sabemos que qualquer agravo a saúde da população, de uma forma quase epidêmica, como hoje o suicídio está, precisa haver informação para que se torne possível fazer prevenção, não podemos pensar em prevenção sem falar sobre o assunto, por mais difícil que o tema seja é necessário falar sobre ele, porque falar é terapêutico e o quanto ajuda.”.

Rozelane falou também sobre a programação da campanha em Santo Antônio das Missões, sendo que foi iniciada no dia 1º, juntamente com a Secretaria de Assistência Social e o Cras, durante o Dia da Cidadania, momento em que houve um divulgação através de folders sobre saúde mental, prevenção ao uso de drogas e ao suicídio. Na terça-feira, dia 5, durante o lançamento do Programa SuperAção foi promovida uma palestra para os integrantes do programa sobre o tema: “SuperAção: Viver é a melhor opção”.

Outra atividade prevista na programação foi esta entrevista e ainda será realizado uma palestra para profissionais da imprensa sobre a temática: “Prevenção ao suicídio: Orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para profissionais da mídia”. Bem como, palestra para os profissionais da Rede de Atendimento Municipal (Saúde, Educação e Assistência Social) abordando o tema: “Quebrando tabus para promover a vida” e ainda uma palestra para o público geral.

A psicóloga explicou que, o que o suicídio não ocorre por uma causa só, são uma série de fatores que vão se somando e essa pessoa não percebe que ela tem outras opções, até porque o suicídio não é uma alternativa, o suicídio só ocorre quando não há mais alternativa. Rozelane citou alguns dos mitos e fatores de riscos a serem observados, como por exemplo, tentativas anteriores, doenças psicológicas, transtornos bipolares, tristeza, desesperança, falta de perspectivas e desespero, - “precisamos para de achar que doenças mentais não precisam de tratamento, que vai passar, que é só sair e se divertir um pouco, precisamos buscar ajudar profissional, para que essas pessoas consigam ver a vida de outra forma”, afirmou.

Ela ainda destacou que de acordo com as pesquisas feitas por especialistas é que 90 % dos casos estão associadas a doenças mentais diagnosticáveis e tratáveis e que os grupos de maior vulnerabilidade ao suicídio são de jovens de 15 a 30 anos e idosos. Rozelane explicou também que o fato de os idosos estar entre os grupos de maior índices, é porque muitos dos idosos não encontram seu espaço de produção, que culturalmente é valorizado, e quando não encontra esse lugar, sente que está perdendo o apoio social, isso causa sensação de isolamento e de não pertencimento a sociedade, o que consequentemente gera vulnerabilidade. Quanto aos jovens, a vulnerabilidade na maioria das vezes, ocorre quando eles não tem um lugar definido pra si, durante o processo de transição da infância para a adolescência e vida adulta é uma fase em que eles buscam algo que os definam como cidadãos e quando não se encaixam.

Sobre as formas de proteção, foram abordados o sentimento de pertencimento através de participações de um grupo de terceira idade, religioso, de atividades físicas e o folder de divulgação do Setembro Amarelo traz dicas de como escutar pessoas em dificuldades, sendo que algumas ações possíveis são: Ter uma atitude de real interesse pela pessoa. Seja afetuoso (a), não tenha pressa; Desligar o celular e não desviar a atenção para outros interesses; Não interromper o que a pessoa está falando. Se não entender bem, peça-lhe, gentilmente, que repita; Não fazer juízo de valor sobre o que está ouvindo; Escutar com atenção e manter-se tranquilo (a); Evitar fazer perguntas; Encorajar a pessoa a falar sem censura, discriminação; Evitar dar conselhos do que fazer ou não fazer e ao despedir-se ser caloroso (a) e ficar disponível para conversar de novo. Outras dicas abordadas, é as formas de identificar quando a pessoa está com dificuldades.

Rozelane ainda evidenciou o CVV, que é um canal de serviço voluntário de apoio emocional, distribuído por todo os país e com atendimento 24 horas. No Rio Grande do Sul o número de atendimento é 188. Disque e fale com o CVV.

 

Autor: Jéssica Ourique

Fonte: Grupo Fronteira Missões

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