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Escolas da rede estadual aderiram a paralisações nesta quarta-feira
02/08/2017 09:58
Foto: Motivo da greve por tempo determinado é o novo parcelamento de salários dos servidores estaduais (Foto: Reprodução | Internet)

Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul decidiram paralisar as atividades nas escolas. Para as instituições que aderiram à greve iniciou nesta quarta-feira e segue até sexta-feira, dia 4.

A decisão foi tomada em assembleia do Cpers-Sindicato, realizada na terça-feira, dia 1º em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, e o motivo da greve é o novo parcelamento dos salários dos servidores estaduais, com a liberação de R$ 650,00 por matrícula no primeiro dia de pagamento. Este é o 18º parcelamento consecutivo feito pelo Piratini.

Em Santo Antônio das Missões, de acordo com a nota divulgada na página do Facebook, a Escola Estadual de Ensino Médio Joaquim do Nascimento Bacelos já aderiu as paralisações, confira a nota na integra: “Comunicamos a nossos alunos e comunidade escolar em geral que estamos paralisando nossas atividades escolares por três dias, quarta, quinta e sexta-feira, em função de decisão da categoria - professores e funcionários da rede pública estadual - em virtude do congelamento salarial de três anos, sem reposição da inflação, pelo 20º mês seguido de parcelamento salarial, pelo parcelamento do 13º salário (parcelamento ilegal) e pela falta de investimentos nas demandas das escolas. Lamentamos pelo transtorno causados aos alunos, mas nossa paralisação é uma aula de cidadania, precisamos lutar por dignidade e justiça. Segunda-feira estaremos na escola para novamente conversarmos com nossos alunos sobre o prosseguimento ou não da paralisação. Atenciosamente, professores e funcionários da EEEM. Joaquim do Nascimento Barcelos”.

O Colégio Estadual Tolentina Barcelos Gonçalves até o momento não aderiu a greve, mas uma assembleia será realizada às 11h30min desta quarta-feira, para que a equipe diretiva, professores e funcionários decidam pela adesão ou não.

Quanto a Escola Técnica Estadual Achilino de Santis também aderiu a paralisação, de acordo com a diretora, os alunos estão sem aula, mas a escola está aberta com os contratos temporários trabalhando, ainda hoje o grupo vai realizar uma reunião pra planejar a pauta das atividades da semana.
 
Sobre a Escola Estadual Érico Veríssimo e Escola Estadual Anatália Jacques Ourique, estamos tentando contato, e em breve divulgaremos a decisão.
 
 
NOVA ASSEMBLEIA DO CPERS-SINDICATO
Uma nova assembleia do Cpers-Sindicato será realizada na próxima sexta-feira, dia 4, em Porto Alegre, para decidir os rumos da mobilização.
 
A presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Schürer, destaca que há decisão judicial de setembro de 2016 obrigando o Estado a pagar os salários em dia. Ela reclama o não cumprimento da ordem e diz que, após a greve realizada no ano passado, ficou acertado com o governador José Ivo Sartori a criação de uma mesa de negociação permanente. Helenir diz que o recebimento de apenas R$ 650,00 no primeiro dia de pagamento dos salários foi determinante para o movimento.
 
Em nota oficial, o governo estadual afirmou que "a população gaúcha já compreendeu a situação financeira do Estado e as medidas que o governo vem tomando em busca do reequilíbrio das contas públicas. Aos pais dos alunos da rede pública estadual, o governo do Estado garante que adotará todas as medidas que possam minimizar os prejuízos na qualidade de ensino dos estudantes". As medidas, contudo, não foram detalhadas.
 
Em março deste ano, a categoria fez greve durante 16 dias para cobrar, entre outras demandas, o pagamento do piso nacional do magistério. A paralisação, que registrou baixa adesão, foi encerrada sem avanço nas negociações com o governo estadual.
 

Autor: Jéssica Ourique

Fonte: Grupo Fronteira Missões, com informações Zero Hora

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