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Produtores orgânicos de Santo Antônio das Missões realizam reunião nesta quarta-feira
07/06/2017 11:02
Foto: Cerca de 20 produtores orgânicos participam do grupo e novos podem se integrar (Foto: Jéssica Ourique)

Nesta quarta-feira, dia 7, um grupo de aproximadamente 20 agricultores que buscam a certificação de produtos orgânicos reúnem-se na Casa Familiar Rural de Santo Antônio das Missões.  A criação deste grupo surgiu por parte da equipe da Emater de Santo Antônio e os agricultores aderiram a ideia e nesta segunda reunião organizam-se para buscar a certificação, visto que com o certificado abrirá oportunidades de mercado direto ao consumidor e também mercados institucionais.

Em entrevista, o coordenador da Rede Eco Vida das Missões, Ademir Amaral destacou o trabalho da entidade e falou sobre a reunião. – “A Rede Eco Vida vem trabalhando nos três Estados do Sul, e nós do núcleo Missões, buscamos fomentar a organização dos grupos para certificar, mas ao pensar a certificação, antes vem a produção. É necessário criar as condições de campo, para que os agricultores possam pensar a forma de fazer, elaborar os seus processos produtivos e fazendo isso, você agrega valor quando certifica”, disse Ademir.

Segundo o coordenador, em 2010 quando se abriu a possibilidade de construir a lei de produção orgânica a Rede Eco Vida já trabalhava acerca de 30 anos, com produção alternativa, e então começou a discussão de fazer certificação. – “Quando a gente pensou em fazer certificação, oferecemos a nossa metodologia para o governo e mostrou um pouco como fazíamos, aí o governo entendeu o processo, editou as portarias e hoje seguimos a legislação do Mapa”, relatou.

Essa certificação participativa não gera custo ao produtor, pois um agricultor certificará o outro com o apoio da empresa certificadora, ou seja os próprios agricultores serão os fiscalizadores. – “A certificação sendo por região facilita para os produtores porque tem menos custo e conta com uma participação efetiva, sendo que a certificação não tem somente a função de certificar, mas também de ajudar a preparar as condições de campo, técnicas, seminários e debates”, disse o coordenador.

Quanto a disponibilidade produtos orgânicos e o maior consumo nos grandes centros, Ademir disse que é devido ao apelo maior dos consumidores, o que consequentemente gera mais mercados. – “A nossa região trabalha muito mais a monocultura, então ela se propõe a industrializar menos, com isso temos dificuldade em fazer dinâmica de produção local. A região das Missões já tem certificação de açúcar mascavo, farinhas, hortaliças e frutas, e começamos agora a preparar os sistemas de produção animal, um deles é a certificação de ovos orgânicos”.

Ademir ainda destacou a importância do consumidor na contribuição da demanda, oportunidades de visitas nas propriedades para ver os produtos e suas respectivas épocas, acreditar na produção orgânica, bem como a indicar os produtores das necessidades do consumir da cidade. 

 

Autor: Jéssica Ourique

Fonte: Grupo Fronteira Missões

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