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Órgãos contabilizam perdas agropecuárias devido as chuvas do mês de maio
03/06/2017 09:01
Foto: O levantamento foi realizado em cima de números oficiais da produção (Foto: Reprodução | Internet)

Na manhã da sexta-feira, dia 2, no escritório municipal da Emater em Santo Antônio das Missões estiveram reunidos representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Coopatrigo e técnicos da Emater. O assunto tratado foram as perdas já contabilizadas em decorrência das intensas chuvas do mês de maio e os prejuízos estimados caso as previsões climáticas confirmem que o mês de junho será também chuvoso.

O levantamento foi realizado em cima de números oficiais da produção no município e também pelo conhecimento técnico dos membros da reunião.

Segundo a estimativa, em torno de 1.800 hectares de trigo deixarão de ser plantados no município, o que poderá representar uma perda de R$ 2,7 milhões. Na cultura da soja em torno de 1.000 hectares não puderam ser colhidas e já representam o prejuízo superior a R$ 2,1 milhões, considerando a média de 40 sacas da oleaginosa por hectare. 

São registrados prejuízos nas pastagens, pela falta de luminosidade e perda de nutrientes, mesmo não podendo ser quantificado esses prejuízos a perda da capacidade de uso reflete diretamente na produção de gado, seja de leite ou de corte.

No último mês a produção leiteira do município registrou em torno de R$ 56 mil de perda direta, ou seja, deixaram de ser produzidos em torno de 48 mil litros de leite. As perdas indiretas ficam por conta do aumento do custo de produção, pois o produtor necessita investir em ração em decorrência da baixa oferta e capacidade de uso das pastagens. 

A perda de peso dos bovinos de corte foi antecipada, normalmente esse fator ocorre de forma mais acentuada no período mais frio do ano, mas como as chuvas de maio foram registradas em longos períodos, os animais já apresentam perdas que podem representar em torno de R$ 16 milhões. Os técnicos estimam que em média perderam 25 quilos em 30 dias, num universo de 148.200 cabeças ao valor médio de R$ 4,50.

No rebanho de ovinos que possui em torno de 40 mil cabeças, a taxa de mortalidade dos cordeiros recém nascidos é a maior preocupação, segundo as informações é muito alta e representa prejuízos à uma atividade que já vem diminuindo.

Prefeitura reúne dados oficiais para decretar situação de emergência
 
Durante a reunião dos técnicos o prefeito Puranci Barcelos esteve presente e relatou que a administração municipal está reunindo os dados necessários para que seja decretada a situação de emergência do município em razão das perdas na área da produção e na infraestrutura. 
 
Está sendo realizado um relatório técnico dos estragos das estradas e pontes, para que junto aos dados das perdas na produção agropecuária sejam incluídos no documento que será enviado à Defesa Civil.
 
O decreto é o primeiro passo para justificar os prejuízos após esta etapa, com o decreto homologado a luta será para buscar recursos que possam auxiliar na recuperação dos danos e que possa também trazer compensações aos produtores com acesso a crédito e programas. 
 
“O decreto comprova os prejuízos, no entanto não garante recursos, o nosso desafio é dar esse primeiro passo para que possamos solicitar recursos do Estado e União como forma de contornar tantos problemas causados pelas chuvas.” Afirmou o prefeito. 
 
 

Autor: Rogerio Morais

Fonte: Grupo Fronteira Missões

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