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Depoimento de uma mãe santo-antoniense que perdeu o filho em um acidente dias após o nascimento de gêmeas
13/05/2017 10:34
Em maio de 2006, nasciam as gêmeas Maísa e Mariana e partia o pequeno Gervásio, deixando um vazio para a mãe Marizete
Foto: A mãe diz que buscou forças para continuar pelo amor e necessidade de cuidar das filhas recém-nascidas (Foto: Ana Luiza Ourique)

Marizete Campos de Moraes, 43 anos, é uma santo-antoniense que passou pela pior experiência que uma mãe pode enfrentar. Há 11 anos, ela perdeu o seu filho, Gervásio, aos 7 anos de idade, num trágico acidente. Ela relata que apesar do tempo, ainda se sente incompleta e angustiada porque, no próximo domingo, dia 14 de maio, Dia das Mães, não poderá abraçar todos os filhos que deu a luz.

Moradora do Rincão dos Miranda, interior do município, Marizete relembra aquele marcante dia, era 24 de maio de 2006, há dois dias ela tinha dado a luz as gêmeas Maísa e Mariana, a chegada das irmãs caçulas era motivo de muita alegria e emoção para Gervásio, que ao chegar da escola desceu correndo do transporte escolar ansioso para vê-las e ao atravessar a estrada  foi atropelado por um ônibus. O menino foi levado às pressas para o Hospital São Luiz Gonzaga e em seguida transferido para Passo Fundo, vítima de traumatismo craniano, lutou para se manter vivo até o dia primeiro de junho do mesmo ano.

Marizete, mais conhecida como Pipoca, dona de uma alegria contagiante e muito querida pela vizinhança, havia se mudado a pouco tempo para auxiliar sua mãe, que pela idade avançada enfrentava problemas de saúde. Dela também dependia, seu esposo, que um ano antes, em 2005, sofrera um acidente de moto que o deixou com sequelas mentais. Matriarca da família, Marizete teve que ser mais forte do que nunca para superar a dor da perda de um filho – “Foi complicado, ao mesmo tempo que a dor tomava conta de mim, a consciência de que eu não podia me entregar falava mais alto, não podia desistir, porque além de minha mãe e meu marido, tinha mais duas vidas que dependiam de mim”, disse.

Atualmente, 11 anos depois, ela conta que sua vida está mais tranquila, mas que ano após ano, em todo mês de maio, além do Dia das Mães, do aniversário do nascimento das filhas, ela relembra com dor e saudade a ausência do primogênito, arrancado de seus braços tão cedo e tão tragicamente – “é um mês de alegria e de tristeza, mas a Maísa e a Mariana tem sido uma benção na minha vida, são duas meninas lindas e inteligentes, sem falar que são elas que me dão força dia após dia”, afirmou ela.

 

 

Fonte: Grupo Fronteira Missões

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