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Toco Resmini foi denunciado por estuprar outra filha em meados de 2006
26/04/2017 18:42
Ela denunciou que foi estuprada quando tinha 11 anos em dois locais diferentes.
Foto: Toco Resmini no ato de sua prisão (Foto: Divulgação | Polícia Civil)
A Polícia Civil está indiciando Volmar Batista da Silveira Resmini, de 45 anos, o Toco Resmini, não por um, mas por dois estupros. Além da filha de 16 anos que acabou engravidando, caso que veio à tona no início de abril, após sofrer abusos sexuais por pelo menos dois anos, outra filha do acusado, hoje com 21 anos, foi localizada pelo Cartório de Proteção a Criança e ao Adolescente e contou que foi estuprada pelo pai quando tinha cerca de 11 anos.
 
O acusado está no Presídio Estadual de Santiago desde a última quinta-feira, dia 20, quando foi localizado pela Polícia Civil escondido em um automóvel no interior de uma propriedade rural na localidade de Rincão de São Pedro, em Santiago. Ele estava foragido desde o dia 17, quando a Justiça decretou sua prisão.
 
A nova denúncia foi relatada em depoimento na segunda-feira, dia 24. O crime ocorreu sem consentimento da garota, que negou a existência de relacionamento incestuoso com pai, informação que estava sendo apurada no inquérito policial. Ela contou que era pequena quando os abusos iniciaram e que não lembrava exatamente a idade. Segundo ela, os crimes aconteceram na época em que ela teria feito sua carteira de identidade na escola onde estudava. A Polícia Civil apurou que o documento foi expedido em 2006.
 
A vítima, chorando, contou que era virgem e que foi abusada pelo pai em dois locais diferentes - uma casa onde ele ficava com uma companheira com quem teve relacionamento após o primeiro casamento e em uma fazenda onde trabalhava. Os abusos aconteciam quase todos os dias, por pelo menos um mês, relatou a garota. Por ter medo do pai, ela não denunciou o caso anteriormente. Os abusos só pararam quando a vítima foi morar com a vó materna.
 
Ainda, segundo o depoimento, após o estupro da irmã ter sido noticiado na imprensa, um familiar entrou em contato com a jovem pedindo que ela não denunciasse o pai pois, se ela confirmasse o estupro ele seria morto dentro do presídio.
 
Diante do novo depoimento, Toco Resmini será indiciado pela Polícia Civil pelo estupro qualificado das duas filhas. Se condenado, ao invés de ficar na cadeia de 8 a 12 anos, poderá ter a pena ampliada para até 24 anos de prisão em regime fechado. Resmini ainda será indiciado por tentativa de aborto, crime pelo qual sua companheira Rita de Cássia Carvalho de Natividade também será indiciada. Os dois foram cúmplices ao obrigarem a adolescente a ingerir chás e medicamento para depressão com a intenção de causar um aborto.
 
O inquérito policial que apurou as denúncias de estupro foi concluído e será remetido ao Poder Judiciário essa semana.
 
 
Garota de 16 anos perdeu o bebê
 
Segundo a Polícia Civil, na terça-feira, dia 25, a menina de 16 anos passou por curetagem no Hospital de Caridade de Santiago onde o embrião foi removido porque seguia sem batimentos cardíacos, colocando em risco a saúde da adolescente que vinha sendo monitorada pelo sistema de saúde do município desde o início de abril. Ela estava completando aproximadamente 8 semanas de gestação, sem sinais vitais no embrião.
 
O material coletado foi encaminhado para perícia que apontará se será possível colher análise genética para realização de exame de DNA com Resmini com intuito de comprovar que ele engravidou a filha. O acusado, porém, tem direito a recusar a realização do exame, porém, nessa circunstância, ficará presumida a paternidade caso o conjunto das outras provas indique para ela.
 
 

Fonte: Blog Rafael Nemitz

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