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Após morte de dois funcionários, cooperativa será interditada em São Luiz Gonzaga
26/04/2017 15:56
Foto: A empresa já recebeu notificação (Foto: Reprodução | Internet)

Em perícia realizada pelo Ministério do Trabalho na Cooperativa C. Vale, em São Luiz Gonzaga, no final da tarde de segunda-feira, dia 24, foi constatado o descumprimento de duas normas básicas de segurança que colaboraram com a morte de dois funcionários soterrados por 40 toneladas de grãos de soja em uma moega no sábado (23). A empresa já recebeu notificação preventiva e será interditada na sexta-feira, dia 28.

Após a interdição, a cooperativa poderá responder criminalmente se der continuidade aos serviços prestados, até que seja reformulado os procedimentos e entregue os dispositivos de proteção previstos nas normas aplicáveis. - “A Cooperativa C. Vale está impedida de desempenhar qualquer atividade em espaços confinados. Foram deflagrados descumprimentos na NR 33 e na NR 35, que tratam das atividades exercidas em espaços confiados, que são ambientes passíveis de soterramento ou quedas de alturas. Além disso, há omissão no que se refere a trabalhos executados em alturas”, relatou Rudy Allan Silva da Silva, auditor fiscal do Ministério do Trabalho.

Segundo a perícia, ainda em relação ao acidente que matou dois funcionários no sábado, a investigação avalia três possibilidades quanto a ordem do supervisor Aparício Antônio Batista Lopes, 50 anos, que fazia o plantão: ele teria dado a ordem aos trabalhadores para que fizessem este serviço, ou permitiu que fizessem ou ainda ele mesmo poderia ter liberado o acesso do tampão da moega que os soterrou. - “Aparício ainda não foi localizado. No dia do incidente ele teria sido hospitalizado por ter ficado muito abalado com a morte dos funcionário. Não consegui contato por telefone e o endereço passado pela empresa não correspondia ao dele”, disse Elaine Schonz, delegada titular da Delegacia de Polícia de São Luiz Gonzaga.

A Cooperativa C. Vale, que não quis dar entrevistas, responderá em caráter civil às famílias dos funcionários e o supervisor poderá ser enquadrado criminalmente.
 
 

Fonte: Gaúcha

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