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Drogadição em Santo Antônio das Missões foi pauta do Conversa Aberta
31/03/2017 14:49
Foto: Debate entre os participantes do programa durou cerca de 1h20min (Foto: Jéssica Ourique)

Na manhã da última sexta-feira, dia 31, o programa Conversa Aberta da Rádio Fronteira Missões 89,1 FM de Santo Antônio das Missões debateu sobre drogadição e a situação de crianças e jovens que fazem uso de entorpecentes. Estiveram participando da discussão Marlei Barcelos coordenadora do Grupo Apoio Fraterno do Centro Espirita Alan Kardec, Laura Santis conselheira tutelar, Sargento Braga representante da Brigada Militar e Adir César Alves secretário de Saúde.

Inicialmente a mediadora do debate Naryel Barcelos, explicou sobre a escolha da temática e questionou porque, atualmente, existem tantas crianças e jovens nas ruas da cidade no período noturno, considerando a grande circulação de drogas e o que pode ser feito para amenizar a situação de uso de entorpecentes. Na sequência cada um dos participantes expôs suas opiniões e esclareceram as dúvidas da comunidade santo-antoniense.

Sargento Braga evidenciou que cada pessoa tem um papel fundamental na prevenção ao uso de droga e explicou que o empecilho da Brigada Militar em atuar nesses casos está nas leis que não permitem a polícia efetuar prisões em residências ou estabelecimentos, sem um mandado de busca e apreensão ou uma denúncia para dar flagrante. Ele considera necessário uma remodelação nas leis, e exemplificou a situação de um jovem que foi abordado com um cigarro de maconha, a consequência disso será apenas uma advertência. Ainda citou a deficiência da família na vidas dessas crianças e jovens, considerando que a maioria delibera para a escola, Conselho Tutelar e órgãos de apoio a educação de seus filhos e a necessidade do suporte e orientação da família e uma reestruturação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Marlei explicou que o trabalho do Grupo de Apoio Fraterno não é preventivo, mas sim de ajuda a família e ao usuário. Disse ter a preocupação, pois na faixa de 12 a 30 anos, 90% da população do município é usuária de drogas lícitas ou ilícitas e não vê ações de prevenção por parte da Secretaria de Saúde, Educação e Assistência Social, mas pediu socorro a Administração Pública ao instalar uma equipe especifica que trabalhe na conscientização das crianças e jovens, e que possa instruir a família ainda mais ao dar suporte aos filhos.

Laura relembrou que o trabalho do Conselho Tutelar é zelar pelo direito das crianças e adolescentes e que não pode atuar sem denúncias. Enfatizou que a família deve saber detectar quando o seu filho está com problemas e pediu aos pais que quando estiverem passando por dificuldades solicitem apoio do Conselho Tutelar, somente assim o grupo poderá desenvolver um trabalho preventivo.

Adir respondeu as colocações de Marlei, explicando que na área da educação vem sendo realizado um trabalho de prevenção nas escolas, através de palestras, os próprios professores trabalham a temática em sala de aula e no setor da saúde, devido à falta de recursos impedem um pouco de ampliar o trabalho, mas que o município conta com três ESF’s, onde os médicos e enfermeiros explicam sobre os malefícios das drogas. Também falou sobre o tráfico e a necessidade de ampliar o trabalho nas fronteiras.

A partir das colocações dos entrevistados, a população começou enviar questionamentos e cada um dos participantes pode responder de acordo com a sua área de atuação.

 

Autor: Jéssica Ourique

Fonte: Grupo Fronteira Missões

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