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Comitiva da Fetag/RS participa de Audiência Pública na Comissão Especial da Reforma da Previdência
22/03/2017 11:43
Representante da Regional Missões II e do STR Agnaldo Barcelos está em Brasília para debate sobre aposentadoria rural
Foto: Reforma será tema de audiência em Brasília, Comitiva da Fetag está na Capital Federal (Foto: Reprodução | Fetag/RS)

 Na manhã desta quarta-feira (22) uma comitiva formada por nove integrantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura – Fetag, iniciou um roteiro na Capital Federal que inclui visitas aos gabinetes dos deputados e uma Audiência Pública na Comissão Especial que trata da reforma da Previdência.

 
No Programa Conversa Aberta desta manhã, via telefone, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Antônio das Missões e Garruchos, Agnaldo Barcelos disse que  a oportunidade é de uma aproximação e conversa com os representantes gaúchos no parlamento, uma espécie de “corpo-a-corpo” para garantir que os políticos saibam que a classe dos trabalhadores está mobilizada e atenta as decisões dos deputados.
 
Na tarde acontecerá a audiência pública com os membros da Comissão da Reforma da Previdência, momento que será utilizado para o debate, contraponto e questionamentos sobre os impactos da reforma para o trabalhador rural.
 
Pedido de CPI da Previdência foi protocolada  na tarde de ontem
 
O Senado terá uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a contabilidade e a situação fiscal da Previdência Social. O requerimento pela instalação da comissão, lido nesta terça-feira (21) em Plenário, foi do senador Paulo Paim (PT-RS), e teve o apoio de mais 57 senadores, cerca de 70% da casa. Ela terá sete membros titulares e até oito meses de duração.
 
Paim quer verificar as dívidas de grandes empresas com a Previdência, a sonegação e a concessão de anistias, desonerações e desvinculações tributárias que teriam provocado o desabastecimento do caixa do setor nos últimos anos. Segundo o requerimento, o foco da CPI será não apenas sobre os valores que deixaram de ser aplicados, mas também sobre quem se beneficiou com isso.
 
Além dos sete membros titulares, a CPI terá cinco suplentes. O prazo de funcionamento da comissão é de 120 dias, prorrogável por mais 120. Ela terá uma dotação orçamentária de até R$ 100 mil para custear suas despesas.
 
Os líderes partidários já podem indicar seus representantes na CPI. No entanto, eles não têm prazo definido para fazê-lo. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, pode, a seu critério, indicar os nomes caso entenda que há demora excessiva. Uma vez nomeados todos os membros, a comissão poderá ser instalada. Também não há prazo para isso.
 
Justiça determina que governo Temer comprove déficit na Previdência Social
 
A 21ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal deferiu, parcialmente, pedido de liminar formulado pela Federação Nacional dos Servidores da Justiça Federal e do Ministério Público Federal (Fenajufe) contra a União, para que o governo de Michel Temer comprove a veracidade dos dados financeiros que embasam a afirmação de que, atualmente, o sistema de Previdência Social é deficitário em R$ 140 bilhões. A decisão foi publicada pela Justiça Federal no início da noite da segunda-feira (20).
 
O juiz federal substituto Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara, decidiu que a União deverá esclarecer e detalhar, em 15 dias, a metodologia utilizada pelo governo para apurar o déficit previdenciário de até R$ 140 bilhões, valor “intensamente divulgado nos últimos dias”. Segundo o magistrado, o Estado deverá demonstrar, via documentação hábil, o total das receitas obtidas, bem como o efetivo destino a elas dado, ao longo de 2012 a 2016.
 
Além disso, o juiz aceitou o pedido da Fenajufe de proibir a veiculação de peças publicitárias, criada pela União, com objetivo de “fomentar opinião pública favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016”. Há uma semana, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul determinou a imediata suspensão, em todo o território nacional, de todos os anúncios do governo sobre a reforma da Previdência, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
 
*Com informações da Revista Forum e da Agência Senado

Autor: Rogerio de Santis Morais

Fonte: Grupo Fronteira Missões/ 89,1 Fm

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