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Ato intersindical contra a perda de direitos foi realizado em Santo Antônio das Missões
15/03/2017 17:36
Evento reuniu em torno de 208 pessoas entre trabalhadores de várias categorias
Foto: Ato em defesa do trabalhador contou com a presença de um bom público e deu início à ações conjuntas entre os sindicatos (Foto: Rogerio Morais)

 Na tarde desta quarta-feira (15) foi realizado o ato público em defesa dos trabalhadores e contra a perda dos direitos através das propostas de Emenda à Constituição, de autoria do Governo de Michel Temer, que tramitam no Congresso Nacional, as chamadas reformas da previdência e Trabalhista e também pelo cumprimento do Piso Nacional do Magistério. O evento contou com um grande público e autoridades representando diversas categorias.

 
A mesa foi composta pelo prefeito municipal Puranci Barcelos, presidente da Câmara de Vereadores Valdir Robalo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agnaldo Barcelos, presidente do Simusam Adão Neuri Campos, presidente dos Sindicatos do Comerciários Américo Fabrício e representante do Cpers Sindicato Luiz Conceição Lourenço.
 
O ato seguiu com pronunciamentos das autoridades, Adão Neuri se referiu a reforma como golpe no trabalhador dizendo que a união das categorias é importante pela grande preocupação que o trabalhador tem atualmente em relação a perda do que já foi conquistado, como representante dos servidores públicos municipais disse que é uma vergonha o que o governo deseja fazer com os direitos adquiridos pelo povo brasileiro.
 
Membro representante do Cpers - Sindicato Luiz Conceição mencionou a reforma trabalhista que irá impor ao trabalhador até 12 horas de trabalho diário, se referiu também a propaganda enganadora que o governo faz, aterrorizando a população. Mencionou os números que não são claros em relação as receitas e despesas da Previdência Social, disse que se aprovada a PEC da previdência será o fim da aposentadoria especial dos professores.
 
Américo Fabrício lembrou que esta reforma atingirá não só o atual trabalhador mas também aqueles que ainda entrarão no mercado de trabalho e também os que já estão aposentados, pois haverá um tempo injusto para poder se aposentar e a desvinculação da aposentadoria do reajuste do salário mínimo, convidou a todos para uma reflexão para que unidos possam criar meios de reverter o quadro que se apresenta. Emocionado lembrou das conquistas da classe trabalhadora, como o acesso à universidade e outros programas voltados aos mais pobres, segundo ele a reforma beneficia o capital e não o trabalhador.
 
Agnaldo Barcelos do STR, disse que o dia é marcante pela união entre categorias, exaltou que a iniciativa do ato se deu por parte dos professores que buscaram a ação conjunta, e que é desta forma é que é feita a “lição de Casa”. Disse que o governo sem legitimidade que impor perdas para todos não só os trabalhadores mas para todos os seguimentos da sociedade, inclusive o comércio e o próprio poder público municipal. Segundo Agnaldo, que também é presidente da Regional Sindical 2, só entre os trabalhadores rurais do município, se aprovada a PEC 287, deixarão de se aposentar nos próximos dez anos mais de 700 trabalhadores, em sua maioria mulheres, lembrando que em números atuais um aposentado recebe 121 mil reais em dez anos e este recurso equivale a média de Emendas Parlamentares tão festejadas pelos representantes políticos municipais. Deixariam de circular no comércio e serviços no município o equivalente a 700 emendas parlamentares pela próxima década. Exaltou a mobilização de todos e conclamou mais união e atos integrados.
 
Valdir Robalo, presidente do Legislativo disse que a situação da previdência foi por incompetência administrativa e é inadmissível que se responsabilize o trabalhador, colocou – se a disposição dos sindicatos e população.
 
O prefeito Puranci Barcelos exaltou o ato conjunto entre os sindicatos, parabenizou as pessoas que entenderam o chamamento para o ato e justificou que não suspendeu as atividades da administração e das escolas municipais para uma maior adesão dos funcionários públicos por ter tomado conhecimento do evento em tempo muito reduzido para a ampla divulgação pública, o que traria prejuízos aos alunos e cidadãos que buscassem atendimento na tarde de hoje.
 
No espaço da tribuna livre os pronunciamentos trataram em sua maioria da necessidade de mobilização mais intensa pela manutenção e ampliação dos direitos do trabalhador, da necessidade de um acompanhamento as ações dos deputados e senadores, a reprovação dos atos do governo considerado ilegítimo e o que foi considerado golpe contra o povo brasileiro a favor do capital. Foi lembrado o não cumprimento do Piso Nacional do Magistério, a responsabilidade de garantir os direitos do trabalhador no campo como forma de fortalecer a sucessão rural já tão fragilizada.
 
Ao final do ato foi agendada reunião com os representantes dos sindicatos para que sejam deliberadas ações efetivas de mobilização, com grandes atos integrados na região. A agenda ficou definida para segunda-feira, dia 20 no Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
 
Foram verificadas ainda a presença da vice prefeita municipal Izalda Boccacio, dos vereadores Antônio Rui Pereira Goulart, Paulo César Pedroso, Mario Nelson Escobar e Vineton Oliveira e a vereadora Ana Barros de São Luiz Gonzaga, ainda o presidente do Conselho Agropecuário Elio Martini, a representante da pastoral da Criança Odete Dias e outras lideranças.
 
 

Autor: Rogerio Morais

Fonte: Grupo Fronteira Missões/ 89,1 Fm

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