A poucos dias do final do verão, já começamos a sentir os efeitos da chegada do Outono, pelo menos em relação às temperaturas, que já estão levemente mais amenas pela manhã, elevando-se rapidamente com a presença do sol, e refletindo em tardes quentes e abafadas. Ou seja, o efeito cebola está chegando!
Com relação às chuvas também, a transição do verão para o outono começa a ganhar evidência. A famosa frase de uma famosa música é mais para a região sudeste do que para nós viventes aqui do sul, mas está valendo: “são as águas de março fechando o verão”. Ou seja, março já mostrou que veio para ser o divisor de águas. Estamos apenas no início do mês, mas já temos volumes elevados aqui na região das missões. Em média já choveu na faixa dos 100 mm por aqui, contra uma média de 150 mm para o mês inteiro.
Em abril, a chuva diminui, mas não vai parar! De uma forma geral, estima-se acumulado entre 100 mm e 150 mm, sendo a segunda quinzena mais chuvosa do que a primeira. E as temperaturas? Bem, as ondas de frio começam a entrar e já devem começar a forçar os termômetros a baixar, principalmente pela manhã, quando correm as mínimas. O calor da tarde também diminui e a média da temperatura máxima não excede 24°C, ou seja, agradabilíssimo.
Em maio, a atmosfera começa a sentir o efeito do aquecimento do Pacífico. A corrente de jato posiciona-se mais ao norte que o normal e o acumulado de chuva alcança os 150 milímetros entre o norte do Rio Grande do Sul e o Paraná, portanto, inclui-se aqui, nós os missioneiros. O frio avança e a temperatura declina de forma mais acentuada já na primeira semana de maio. Ainda é cedo, no entanto, para falarmos em geada. Somente previsões de curto prazo conseguirão dimensionar intensidade, abrangência e consequência do frio.
Bem, isso tudo dito ou escrito aqui, deve ocorrer em função da condição de normalidade climática. Depois de meses com uma La Niña fraca, que quase não conseguiu mostrar atuação, as águas do Pacífico Equatorial já estão dentro da normalidade e mostrando um leve, muito leve aquecimento. Por enquanto, dá para dizer que os próximos meses, ou estações (outono e inverno) devem transcorrer na mais absoluta normalidade, ou seja, não teremos efeitos de grande escala que possam interferir de forma mais expressiva no clima dos gaúchos.
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