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Insegurança: Roubos ao patrimônio assombram pescadores em Garruchos
07/03/2017 10:00
Barcos e motores são alvo de bandidos, o crime é recorrente em uma região sem policiamento
Foto: Região sofre com a falta de segurança e pescadores são reféns de bandidos em Garruchos (Foto: Moacir Dal Berto/Panoramio)

Na madrugada de domingo, dia 5 foi registrado roubo no Rincão do Pedregulho, na localidade de Barra de São Lucas, os criminosos chegaram pelo Rio Uruguai e levaram barcos e motores de um pescador que não quis se identificar, segundo ele o prejuízo é superior aos R$ 40 mil.

Segundo a vítima, é a segunda vez que ladrões levam seus equipamentos de trabalho, que mesmo presos à correntes e cabos de aço são levados, desta vez foram levados cinco barcos e dois motores. Vários casos de roubo de equipamentos na região são registrados anualmente, e a ação dos bandidos obedece períodos de mais ou menos intensidade. Há alguns anos uma ação policial combateu a prática, desarticulando um grupo de aproximadamente 30 indivíduos que haviam se estabelecido na Ilha de Mercedes, com a destruição de casas que haviam sido construídas para abriga-los. As informações atuais é que há aproximadamente um ano e meio bandidos tenham retomado as ações, diante da falta de policiamento na região.

 – “Esse é um problema recorrente que enfrentamos, os bandidos chegam pelo rio, rompem as correntes e os cabos, em alguns casos para levar somente o motor chegam a serrar os barcos e por estarem armados não temos como reagir, temos a informação que são cinco os indivíduos, e que os barcos estão na Ilha de Mercedes, distante uns 22 quilômetros do local do roubo. Afirmou o pescador, dizendo ainda, que algumas vezes pescadores precisam pagar aos ladrões para obter parte do seu patrimônio de volta.

A vítima, que vive na localidade há 20 anos, em visita a redação de jornalismo do grupo Fronteira Missões, relatou a dificuldade em contatar com os Policiais Militares para comunicar o roubo. Conta ele que no domingo pela manhã, horas após constatar que seus barcos não estavam ancorados, tentou o contato via 190, para relatar o acontecido e não obteve êxito, chegando inclusive a ligar para uma pessoa conhecida em São Borja solicitando que fosse até a Brigada Militar, e mesmo assim não foi atendido, a justificativa é que não haveria efetivo disponível para atender a ocorrência.

Além de todo o prejuízo que os pescadores tem pelo roubo e pela impossibilidade de exercer suas atividades, há ainda o detrimento no momento de acionar o Seguro Defeso, muitos se quer conseguem acionar o benefício concedido em épocas de pesca proibida, como na piracema, por não comprovar atividade regular de pesca durante o ano.

 

Autor: Rogerio de Santis Morais

Fonte: Grupo Fronteira Missões/ 89,1 Fm

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