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Centrais entregam pauta de reajuste do Salário Mínimo Regional à presidência do Legislativo
22/02/2017 08:33
Foto: Representantes de centrais sindicais (CUT, CTB, Nova Central e UGT) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos) (Foto: Divulgação | Assembleia Legislativa)

Representantes de centrais sindicais (CUT, CTB, Nova Central e UGT) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos) entregaram ao presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto (PT), em audiência realizada na tarde da terça-feira, dia 21, a pauta de reivindicações sobre o reajuste do salário mínimo regional 2017.

Conforme o documento, as entidades de classe dos trabalhadores defendem um reajuste de 10,45%, retroativos a janeiro, sendo 8,8% resultante da média ponderada dos reajustes dos pisos estabelecidos em convenções coletivas das categorias mais representativas pertencentes à lei do Piso regional e 1,52% que é a diferença entre o reajuste no ano passado (9,61%) e a inflação medida pelo INPC em 2015 (11,28%).

Para o presidente do Parlamento, o movimento feito pelos dirigentes sindicais é "essencialmente positivo, pois demonstra a organização do movimento sindical em uma ação conjunta na busca da valorização do salário mínimo regional e na construção de um projeto de desenvolvimento que inclua a distribuição de renda e a melhora nas condições de vida para mais de 3 milhões de trabalhadoras e trabalhadores gaúchos".

O encontro, que buscou abrir novos canais de negociação junto ao Legislativo gaúcho, também serviu para que os dirigentes sindicais se apropriassem dos ritos internos da Casa Legislativa no que diz respeito à tramitação de projetos, pois "o governo Sartori já enviou sua proposta de reajuste para votação na Assembleia (6,68% - PL 9 2017) e agora são os trabalhadores e trabalhadoras que estão articulando seus legítimos movimentos junto à Casa do Povo", declarou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Claudir Nespolo, explicando que esta é a segunda vez que o Executivo estadual encaminha projeto de reajuste com índice inferior à inflação medida.Para as Centrais, de acordo com o documento apresentado, a valorização do piso regional pode contribuir tanto para o crescimento quanto para a estabilidade da economia, na medida em que este sistema tem o potencial de gerar uma sólida circulação da demanda de consumo e crescimento sustentável via círculo virtuoso de salários e demanda agregada, ajudando a superar a crise atual.

O piso regional contempla as categorias profissionais que não possuem piso salarial definido em lei federal, convenção coletiva ou acordo coletivo, além de ser um importante instrumento para alavancar a remuneração da população de mais baixa renda no Estado, servindo de referência, inclusive, para os trabalhadores que atuam na informalidade.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do RS

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