Apesar de estarem aptos à análise em plenário e constarem na ordem do dia, não está nos planos do governo colocar em votação na próxima terça-feira projetos polêmicos que integram o pacote de ajuste fiscal. A intenção de articuladores do Palácio Piratini é a de realizar votações de propostas lights, de autoria do Executivo e inclusive de parlamentares, nas próximas semanas. Estudo para elaborar uma pauta com estas características está sendo realizado pela Casa Civil. A tendência atual é a de analisar em plenário os projetos polêmicos do pacote que ficaram pendentes apenas após o feriado do Carnaval, na primeira semana de março.
A tentativa visa estratégias distintas, no campo político, de reforçar o discurso da necessidade de aprovação de medidas difíceis para fazer frente à crise financeira, e na área técnica, de aguardar avanços nas negociações com o governo federal envolvendo a adesão do Rio Grande do Sul ao Plano de Recuperação Fiscal.
Na próxima segunda-feira, técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional desembarcam no Estado para realizar averiguação da situação do caixa gaúcho. Como quatro projetos polêmicos do pacote estão em regime de urgência, para colocar em prática a manobra, o Executivo tem duas opções: retirar os pedidos de urgência das matérias ou articular com deputados o esvaziamento do quórum das próximas sessões plenárias. Entre os projetos polêmicos já na ordem do dia, estão os relativos a alterações na concessão de créditos fiscais, no regime de plantão na Susepe e no estatuto da Brigada Militar.
Fonte: Correio do Povo
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