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Familiares vão acompanhar protocolo da ação da Kiss na Comissão Interamericana
25/01/2017 10:06
Denúncia ao órgão da OEA ocorrerá em ato público, em Porto Alegre
Foto: Familiares vão acompanhar protocolo da ação da Kiss na Comissão Interamericana (Foto: João Vilnei)

 Familiares das vítimas da tragédia da boate Kiss, que completa quatro anos na sexta-feira, partiram na manhã desta quarta de Santa Maria, na região central do Estado, em direção a Porto Alegre, onde será protocolada, às 14h, a ação movida pelo Instituto Justiça, Cidadania e Políticas Públicas (Juntos), em parceria com a Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

 
protocolo online ocorrerá em um ato público em frente à sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, na rua General Canabarro, 363, em Porto Alegre. A petição, de autoria da advogada Tâmara Biolo Soares, é a alternativa adotada pela AVTSM para que agentes públicos que não foram denunciados pelo Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul possam ser investigados.
 
A petição sustenta que "o MP promoveu o arquivamento de todos os indiciamentos dos agentes da prefeitura que atuaram na outorga de alvarás e na manutenção das atividades da boate". O texto diz ainda que, diante dos arquivamentos, parentes de vítimas realizaram uma série de protestos contra o Ministério Público. Em razão dessas manifestações, três pais foram denunciados à Justiça por calúnia e/ou difamação.
 
A petição será encaminhada com pedido de responsabilização "do Estado brasileiro pela violação dos direitos à vida, integridade física, liberdade e segurança pessoais, honra, proteção à família e garantias e proteção judiciais". O órgão pode sentenciar o Brasil a indenizar as vítimas.
 
A advogada do Instituto Juntos é mestre em direito pela Universidade de Harvard, especialista em Direitos Humanos pela Universidade do Texas e atuou como advogada na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA por três anos e meio.

Fonte: Correio do Povo

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