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Governo e líderes negociam cancelar recesso de janeiro para votar projetos no Congresso
12/10/2020 12:41
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O governo Jair Bolsonaro e lideranças do Congresso Nacional já discutem a possibilidade de cancelar o recesso parlamentar no mês de janeiro. A ideia é conseguir votar projetos considerados essenciais e que foram atrasados por conta das eleições municipais.

Entre os temas, estão a PEC (proposta de Emenda à Constituição) Emergencial, que viabilizaria a manutenção do teto de gastos já em 2021. O mesmo texto deve ser usado para o governo indicar fontes de recursos para o novo programa social (Renda Cidadã ou Renda Brasil).

Há também a possibilidade de que a votação do Orçamento de 2021 não seja concluída em dezembro – a comissão mista que vai avaliar o texto sequer foi instalada. Neste caso, o debate também avançaria para o início do próximo ano.

A pausa nas votações com potencial impopular até o fim das eleições municipais foi definida pelo presidente Jair Bolsonaro e por líderes da base aliada no Congresso, como forma de evitar que os temas virassem arma de partidos da oposição nas campanhas.

Com o adiamento das eleições em meio à pandemia da Covid-19, o segundo turno ocorrerá apenas em 29 de novembro. Assim, o Congresso teria apenas três semanas para votações antes do Natal.

Legislativo e Executivo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste domingo (11) que vê com bons olhos a possibilidade de líderes no Congresso tomarem essa decisão. A extensão das votações até janeiro permitiria votar projetos que ele considera essenciais, como a PEC Emergencial.

A ideia de entrar com o calendário de votações no início de 2021, caso não seja possível vencer a pauta prioritária até dezembro, também foi defendida por uma fonte graduada do governo.

Até o fim do processo eleitoral, o governo pretende, segundo a mesma fonte, incentivar que o Congresso vote temas menos polêmicos, mas com impacto positivo na economia – como a lei de falências, a autonomia do Banco Central, a nova lei de cabotagem e lei do gás.

Fonte: O Sul

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