Especial
Na estação Primavera, mulheres que trabalham com flores falam do dia a dia em Santo Antônio das Missões
29/09/2020 15:57
Foto: Alcides Machado

Iniciou no dia 22 de setembro, a estação mais colorida do ano, a Primavera, com isso, o programa Conversa Aberta da terça-feira, dia 29, teve a participação de duas mulheres santo-antonienses que trabalham com flores contando como é o seu dia a dia.

A proprietária do Viveiro Flores da Colônia, Elaine Maciel Araújo, falou sobre sua história durante os quatorze anos no ramo da floricultura. Primeiramente, ela relatou que o gosto por flores é desde criança, achava lindo um jardim bem cuidado com flores, o colorido, transmitia felicidade nas pessoas, e isso lhe encantava.

No começo do seu projeto, foi bastante difícil, pois em Santo Antônio das Missões, ainda existia uma resistência por parte das pessoas em relação a comprar flores, mas com o tempo isso foi mudando e hoje ela considera uma excelente porcentagem de pessoas que compram flores para presentear alguém, e até mesmo para iniciar o cultivo no seu próprio jardim em casa.

Elaine disse ter orgulho do seu trabalho, e nesses anos no ramo, ela buscou se aperfeiçoar na produção de mudas e cultivo de várias espécies de plantas, através de cursos técnicos, que o possibilitou de desempenhar melhor toda a produção no viveiro, tanto que hoje, a família trabalha com diversas espécies de flores, hortaliças e plantas medicinais.

Ela relatou que quando o seu esposo, Aldorindo Maciel Araújo, decidiu deixar de trabalhar na agricultura para trabalhar junto com ela no viveiro, foi bastante criticado, muitas pessoas falavam “bah, deixar de trabalhar em lavouras para plantar florzinha” – contou Elaine, após isso, ela nos contou que todos os bens materiais, como carro, casa e entre outros foram conquistados com o trabalho do viveiro.

Citando exemplos de mães clientes, que já perderam seus filhos, costumadamente compram flores para levar até o cemitério, e a escolha de flores demostra amor. Outro exemplo é presentear alguém com flores, geralmente são homens e mulheres que compram para presentearem seu namorado(a), isso justifica o amor a alguém.

Para finalizar, Elaine deixou uma dica para aquelas pessoas que desejam presentear alguém ou até mesmo aproveitar o momento da pandemia e iniciar com as crianças a montagem de um jardim em casa, basta visitar o Viveiro Flores Coloniais, lá há muitas espécies e quantidades de mudas para escolha, bem como para seus clientes e comunidade de Santo Antônio das Missões, o ano de 2021, terá novidades em seus projetos, um espaço para a comercialização de flores já preparadas para presentear.

A outra mulher santo-antoniense que se dedica as flores é Lizete Oliveira, que trabalha com entrega de flores a domicilio há doze anos, no meio desses anos, foi preciso ela se afastar desse ramo, porém sua filha continuou cuidando da floricultura por um  tempo, depois, Lizete, assumiu novamente, permanece até atualmente e pretende seguir por muitos anos, pois considera o seu trabalho muito gratificante.

O seu gosto por flores, veio através de inspiração de uma antiga floricultura que havia na cidade, chamava bastante atenção dela, as cores e alegria das pessoas quando compravam flores, isso despertou nela o sentimento de amor e delicadeza pelas flores, o que incentivou ela trabalhar nesse ramo.

Ela relatou que as pessoas da cidade já aderiram há um bom tempo a forma de presentear alguém em datas especiais, como dia das mães, namorados e aniversários, surpreendendo as pessoas com flores.

Lizete disse que por mais que ela realize muitas entregas, muitas pessoas se deslocam pessoalmente até a floricultura, escolhem e fazem a compra e elas mesmos entregam as flores para quem será presenteado, e por outro lado, a venda é feita por telefone, o cliente escolhe conforme as fotos encaminhadas, e posterior a surpresa é feita por ela, “quando chego nas casas com as flores nas mãos e confirmo o nome, o sorriso delas é muito gratificante, a felicidade nos olhos, a surpresa, isso é muito bom” – ponderou ela.

Ela apenas trabalha com flores já prontas para presentes, não produz, e atualmente devido o distanciamento entre as pessoas nas datas especiais, ela realiza muitas em entregas surpresas, “não tem dia e nem hora, esse meu trabalho eu resumo em gratidão, me sinto bem entregando flores para as pessoas, pois eu gosto de receber, sei o sentimento que uma pessoa sente ao receber” – completou Lizete.

Para finalizar, Lizete, agradeceu os seus clientes e incentiva as pessoas a despertarem esse gesto de presentear uma pessoa especial com flores, e para isso ela possui várias espécies e tamanhos de flores para surpreender alguém.

Autor: Alcides Machado

Fonte: Rádio Fronteira Missões

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