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Projeto "Não Estamos Sós" do Colégio TBG propõe ajuda para jovens com dificuldades, ansiedade e depressão
29/09/2020 15:51
Foto: Alcides Machado

Participaram do programa Conversa Aberta da segunda-feira, dia 28, a professora Liliane Acosta e as alunas Amanda Portela e Bianca Araújo do Colégio Estadual Tolentina Barcelos Gonçalves de Santo Antônio das Missões e falaram sobre o projeto da Cipave “Não Estamos Sós”.

Liliane explica que a Cipave é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência na Escola composta por professores, funcionários, alunos e pais do Colégio TBG e o projeto nasceu quando a aluna Amanda verbalizou que teria percebido através das redes sociais e conversas que os colegas se sentiam exaustos, com dificuldades de realizar as atividades escolares e tudo isso foi ampliado pela distância causada pela pandemia.

A professora detalhou que com da percepção da aluna criou-se o projeto e este foi dividido em alguns passos, sendo o primeiro, disponibilizar através do Classrom um questionário para os alunos responderem, a partir disso, avaliar as consequências dessas mudanças na forma de aprender e como poderiam ajudar.

Liliane também comentou que a vinda até a rádio é uma forma de expor para a comunidade que este trabalho está sendo feito, e de colocar o questionário a disposição daqueles alunos que não tem acesso online.

As alunas evidenciaram que o projeto é importante porque muitos dos colegas relatam que além das dificuldades de conseguir realizar as atividades letivas dentro dos prazos, estão com problemas pessoais, que acabam interferindo na rotina de estudos e isso gera consequências.

Liliane expôs que a educação sofreu uma evolução rápida com a chegada da pandemia que desafia até mesmo os professores, porque as aulas precisam ser efetivadas de forma online e com metodologias que o aluno aprenda, assim como, a própria tecnologia é uma alteração, pois, muitas coisas são novas e precisam ser apreendidas e os docentes necessitam se adaptar. Sem falar que ainda existem alunos que não tem como realizar as atividades em EAD, então, os professores precisam ter a sensibilidade de pensar e organizar as atividades de uma forma diferenciada para atender também a este público. 

Ela ponderou que o projeto veio com o objetivo de escutar, tentar compreender cada aluno e proporcionar algo mais leve que auxilie na rotina diária, ou seja, abrir um canal de comunicação e proporcionar um suporte.

Amanda explicou que, enquanto representante do Cipave e em conjunto com a coordenação do Colégio, estão trabalhando para ajudar os colegas a enfrentar este momento e se necessário for realizar encaminhamentos para profissionais, como por exemplo, psicólogos. Ponderou que muitos pensam que o psicólogo é para aqueles que tem extrema necessidade, mas não é assim, são profissionais que nos dão suporte, orientação e assim, podem ser resolvidos os problemas.

A professora explica que as perguntas do questionário não foram elaboradas somente pelos membros do Cipave, e sim, contaram com o apoio de uma psicóloga e no momento de avaliar as respostas, a profissional estará auxiliando.

Bianca ressaltou que falar sobre estes temas, dificuldades, depressão e ansiedade, é preciso para que se possa oferecer ajuda e este é o foco principal do projeto, com isso esperam, que os colegas aceitem a ajuda que estão disponibilizando. 

Elas ainda pediram que os pais e familiares atentem-se aos seus filhos porque há relatos de mutilação, de não viver, de desistir de tudo, bem como, apoiem seus filhos, conversem, sugiram opções para facilitar a rotina e deixar o dia a dia mais leve.

 

Fonte: Rádio 89,1 FM

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