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Cardiologista explica algumas doenças do coração e alerta para os sintomas e cuidados
30/06/2020 17:27
Foto: (Foto: Reprodução | Arquivo Pessoal)

O cardiologista Geisom Juchem, de São Luiz Gonzaga, participou do programa Conversa Aberta desta terça-feira, dia 30, e falou sobre a saúde do coração. Inicialmente afirmou que há uma preocupação porque muitas pessoas deixaram de fazer suas consultas regulares desde que iniciou a pandemia, principalmente, porque as doenças cardíacas são prevalentes e são as  principais causas de morte no país.

O doutor explicou que o coração é o órgão que bombeia o sangue para todos os demais órgãos e ainda transporta o oxigênio, bem como, detalhou que a rotina agitada, o estresse, a ansiedade do dia a dia gera a tendência de as pessoas terem mais facilmente as doenças cardíacas no futuro, tudo isso, pelo hormônio chamado adrenalina, que também interfere na pressão arterial.

Geisom falou sobre a insuficiência cardíaca, que é quando o coração tem dificuldade de realizar a função dele, de bombear o sangue, e um dos primeiros sintomas é cansaço aos esforços, falta de ar aos esforços e a retenção de líquidos. Citou que há tratamentos e as pessoas melhoram, porém, é preciso que ocorra consultas rotineiras, não esperando sentir os sintomas, pois, após surgir sintomas pode ser que a doença esteja num quadro avançado.

O profissional informou que o infarto ocorre quando tem uma obstrução em uma artéria do coração, popularmente, conhecido como "entupimento de uma veia" e a parada cardíaca ou falado pelas pessoas "ataque cardíaco" é a perda repentina de circulação sanguínea em resultado da incapacidade do coração em bombear sangue. 

Geisom destacou que há uma fala muito popular que é "o coração não dói", isso é mito, pois, o coração dói sim, e a dor está relacionada ao infarto, ou seja, é uma dor no meio do peito, aperto ou queimação, e geralmente, começa por algum exercício, quanto mais faz a atividade, mais aumenta e ao parar, diminui. Essa  dor, conforme vai aumentando, ela vai esparramando pelo pescoço e pelo braço, por isso, que as pessoas falam que dor no braço esquerdo pode ser problemas de coração. Quanto a dor na nuca estar ligada a aumento da pressão e ser problema cardíaco, disse que é mito, porque dor na nuca, geralmente, refere-se a problemas musculares.

Questionado se haveria uma idade que o infarto aconteça mais, o cardiologista disse que teoricamente não, mas a tendência é agravada a partir dos 40 a 45 anos, bem como, explicou que após a pessoa ter tido um infarto, poderá ter outros sim, pois, já tem a doença instalada, mas com o tratamento adequado poderá reduzir ao máximo o risco de um segundo.

Sobre o que seria o AVC, enfatizou que essa doença é cerebral. Importante destacar que as jovens devem fazer uso de pílulas com o acompanhamento de um ginecologista, já que as pílulas podem gerar riscos de AVC, principalmente, se na família há grande registro de casos.

Geisom também falou sobre o que pode ser feito, em caso de uma pessoa ter tido um infarto, até chegar ao atendimento médico, ressaltando que a primeira coisa a se procurar é o atendimento médico, porque quanto mais tempo o infarto ficar ocorrendo, aumenta a perda do músculo do coração e há mais riscos de perder a vida.

O profissional ponderou que as doenças cardiovasculares são doenças que tem uma ligação genética muito grande, por isso, que nas famílias que tem casos, é extremamente importante manter os exames e consultas regulares, até para um diagnóstico precoce e o início de um tratamento.

Nos jovens, o abuso de bebidas alcóolicas, energéticos ou café, podem desencadear doenças cardíacas, assim como, para os fumantes.

Explicou ainda, que a ponte de safena é um tipo de cirurgia cardíaca no qual um pedaço da veia safena da perna é colocada no coração, para transportar sangue desde a aorta até ao músculo cardíaco, enquanto, o marcapasso cardíaco é um pequeno aparelho colocado cirurgicamente que serve para regular as batidas do coração, quando este encontra-se comprometido.

Geisom comentou que homens tem mais risco que as mulheres  para doenças cardiovasculares, e os fatores que devem ser avaliados são a idade, a partir de 40 a 45 anos, peso, sedentarismo e histórico familiar.

 

Autor: Jéssica Ourique

Fonte: Rádio 89,1 FM

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