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Amanhã, 20 de junho, inicia a estação mais fria do ano na Região Sul, o inverno, e Cátia Valente, meteorologista, participou do programa Conversa Aberta desta sexta-feira, dia 19, falando sobre as condições climáticas e as expectativas para o inverno 2020.
Inicialmente, ela destacou que mesmo o inverno iniciando neste sábado, ainda não há previsão de frio intenso. Neste sábado e domingo, primeiro final de semana de inverno, será de tempo firme e longe de fazer frio, pois, vão continuar os ventos soprando do Norte, trazendo ar um pouco mais aquecido do Brasil central e por isso as temperaturas se mantém bem mais elevadas do que se espera para essa época do ano.
O inverno deste ano tem a tendência de ter as ondas de frio, como já aconteceu em maio, teremos dias com chuva, as quais devem se manter dentro da normalidade, assim como, as massas de ar frio, elas vão entrar no estado com uma intensidade mais forte, mas a tendência é que percam a força muito rapidamente e a temperatura volte a subir. Quando terminar o inverno e for realizado uma análise geral de como foi o inverno de 2020 no estado, vai se perceber que o inverno foi mais ameno, as temperaturas vão ficar acima da média. Vai ter frio, vai ter alguns episódios de geada, mas o inferno não tende a ser rigoroso esse ano.
Cátia falou sobre as expectativas de chuva para o inverno e a primavera, e a questão de déficit hídrico, uma preocupação dos produtores, dizendo que essa é uma preocupação, pois as chuvas ficaram muito abaixo da média nos meses de março e abril, consequentemente, causou o déficit hídrico e mesmo a chuva voltando em maio, como aconteceu, não foi um volume suficiente para repor esse déficit, e o que que se espera agora para os próximos meses, julho e agosto, é chuva em torno da média, porém, a situação continua a mesma, para a reposição ocorrer seria somente se a gente tivesse volumes de chuvas mais frequentes e volumosos, mas infelizmente não está previsto. Ressaltou que não está previsto que o inverno vai ser seco, pelo contrário, há tendência de chuva na média, ligeiramente acima, mas ainda não é o volume que pode nos deixar confortável à reposição hídrica.
Para a primavera os prognósticos estão indicando uma irregularidade de chuvas para a estação, será um mês um pouco mais chuvoso e o outro mês com menos chuva, o que aponta chuvas na média ou ligeiramente abaixo, consequentemente, novamente não deverá ocorrer a reposição hídrica e é isso que preocupa os produtores, já que o estado vem de sete anos de condições climáticas boas para a safra, o que é anormal, pois, no RS, geralmente, ocorrem estiagens a cada dois ou três anos. Quanto a solução para que o produtor não se preocupe tanto, na opinião da meteorologista seria que o produtor e o governo trabalhem conjuntamente na questão de reservatórios e irrigação, porém tem consciência que isso é custoso.
Questionada sobre a umidade, disse que por enquanto não tem previsão de mudança, pelo menos não nesse final de semana, poderá haver alguma alteração a partir da próxima semana, quando ocorrem mudanças de padrão de ventos, entrando uma frente fria e uma nova massa de ar polar.
Cátia já atua nesta área há cerca de 20 anos, e durante a entrevista comentou que o clima muda assim como tudo vem mudando, citou que as tecnologias de estudo do clima mudaram, satélites aperfeiçoaram a forma de previsão, os modelos matemáticos foram melhorados, inclusive, mudanças climáticas estão ocorrendo, não é mais algo do futuro é do presente.
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