Após verificar a alta incidência de podas na cidade de Santo Antônio das Missões e os relatos de serem realizadas de forma irregular, a reportagem da Rádio 89,1 FM solicitou aos profissionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural uma entrevista para detalhar para a comunidade quais os procedimentos necessários para a realização das podas.
Daniel Ferreira e Maurilio Barcelos participaram do programa Conversa Aberta desta quarta-feira, dia 20, e comentaram o assunto. Maurilio evidenciou que para realizar uma supressão, ou seja, a retirada de partes de uma árvore, é preciso que a comunidade vá até a secretaria e faça uma solicitação, após um técnico fará uma visita para avaliação e a orientação de como proceder a poda, porque muitas vezes não é preciso realizar a retirada ou substituição da árvore, somente uma poda condução. Com a vistoria realizada, é emitida a autorização, a pessoa paga a taxa de R$ 8,65 por árvore e poderá realizar a poda.
Maurilio detalhou que muitas vezes são questionados do porquê de solicitar uma autorização se a árvore foi plantada pelo proprietário da residência, e isso ocorre, porque existe uma lei no município, estado e a nível federal que é obrigatório no mínimo duas árvores em uma casa, e a autorização é para evitar que em uma fiscalização seja multado. Caso, se a pessoa não fizer a solicitação e não ter a autorização é passível de penalidades, e essas são aplicadas a partir de uma denúncia, isso significa que qualquer pessoa que ver uma poda sendo realizada de forma irregular pode contatar a secretaria, fazer a denúncia de forma anônima, se desejar, e então a equipe vai tomar as providências.
Ele comentou que a secretaria também orienta que tipos de árvores de pequeno porte podem ser plantadas para evitar problemas futuros, e ainda ressaltou que a taxa para a poda é de um valor simbólico, mas é lei, e o município precisa seguir.
Daniel salientou que são feitas podas radicais nas árvores, ou seja, são tirados todos os galhos, deixando somente o troco, o que não é indicado, pois essas árvores com uma geada podem acabar morrendo. Disse que muitas pessoas solicitam a poda somente porque estão fazendo muita sujeira ou excesso de sombra no inverno, disse compreender, mas explicou que uma poda radical pode não ser a solução, até porque poderá no verão vir a fazer falta.
Falou também sobre o recolhimento dos galhos das podas, porque a secretaria segue com a campanha “Nós todos pelo meio ambiente”, e nela há um roteiro de recolhimentos, sendo organizado da seguinte forma: Na primeira semana do mês, o recolhimento é no centro da cidade e bairro Santa Catarina, na segunda semana no trevo e bairro Jardim, na terceira semana nos bairros São Jorge e Aladim, na quarta semana nos bairros Boa Esperança e Daer.
Pediu que a comunidade não misture os galhos, com entulho ou lixos domésticos porque o destino é diferente, assim como, as equipes de coletas são feitas por equipes diferentes. Referente ao lixo eletrônico e pneus, orientou a comunidade a levar até a garagem municipal para ser dada a destinação correta.
Sobre o formato das podas em V realizadas pela Cermissões, Maurilio explicou que existe uma autorização para realizá-las e o método é usado para evitar que os fio da luz toque nos ganhos e gerem problemas maiores, e mesmo que a árvore fique feia num primeiro momento, partir do segundo ano a copa das árvores se formarão e somente será preciso fazer alguns retoques, não sendo necessário refazer a poda toda a cada ano. Por isso, orienta a comunidade não realizar a poda radical, após uma poda realizada pela Cermissões.