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Reajuste do piso regional será definido pelo governo do RS até o final do mês
17/02/2020 08:53
Foto: (Imagem Ilustrativa / Internet)

Apresentado pelas centrais sindicais em janeiro, o reajuste do piso salarial regional será definido pelo governo do Estado até o final do mês. Representantes dos trabalhadores pediram aumento de 8,12%, enquanto empresários defendem o fim do mecanismo implantado há duas décadas.

 
Pela tabela proposta pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a primeira faixa do piso regional subiria dos atuais R$ 1.237,15 para R$ 1.337,64. O aumento reivindicado está 3,64 pontos percentuais acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2019, usado para como referência para reajustes salariais.
 
O Departamento de Economia e Estatística (DEE), ligado à Secretaria de Planejamento do Estado, elaborou estudo para embasar a decisão do governador Eduardo Leite, traçando um histórico comparativo com o mínimo nacional e o crescimento da economia. Um projeto de lei estabelecendo o índice deverá enviado à Assembleia Legislativa.
 
O mínimo regional se aplica às categorias sem sindicatos, como as empregadas domésticas, mas também incide sobre as negociações coletivas. De acordo com a CTB, mais de 1,3 milhão de trabalhadores são atingidos pelo mecanismo, mais turbinado do que o nacional.
 
— Representa ganho a mais em relação ao salário mínimo nacional, que sofreu desvalorização nos últimos anos, e condição melhorada para empregados no Estado — defende o presidente da CTB, Guiomar Vidor.
 
Pelo segundo ano consecutivo, entidades empresariais pediram o fim do piso regional. A Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-RS), a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) e a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) encaminharam ofício a Leite na última sexta-feira (14). Além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro mantêm o mecanismo.
 
— Esse percentual é um número cabalístico sem sentido. Qualquer índice dado serve só para complicar as negociações coletivas — critica o presidente da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn.
 
No ano passado, a discussão sobre o percentual se arrastou durante quase seis meses. Somente no final de maio, os deputados aprovaram o incremento de 3,4% proposto pelo Palácio Piratini, retroativo ao mês de fevereiro. À época, as centrais sindicais haviam pedido aumento de 8,43%, enquanto empresários já pressionavam pelo seu fim.
 
A correção pelo índice proposto
 
Faixa 1 - Valor atual: R$ 1.237,15 / Com reajuste de 8,12%: R$ 1.337,64
 
Faixa 2 - Valor atual: R$ 1.265,63 / Com reajuste de 8,12%: R$ 1.368,44
 
Faixa 3 - Valor atual: R$ 1.294,34 / Com reajuste de 8,12%: R$ 1.399,48
 
Faixa 4 - Valor atual: R$ 1.345,46 / Com reajuste de 8,12%: R$ 1.454,75
 
Faixa 5 - Valor atual: R$ 1.567,81 / Com reajuste de 8,12%: R$ 1.695,16
 
 

Fonte: Gaúcha ZH

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