O Rio Grande do Sul está mobilizando uma série de iniciativas para enfrentar os desafios trazidos pelos baixos índices de alfabetização registrados em 2024. Dados do Inep mostram que o Estado apresentou desempenho abaixo da média nacional, com 44,8% das crianças do 2º ano não alfabetizadas, uma piora em relação a 2023, quando o índice era de 36,4%.
A Secretaria Estadual de Educação atribui parte dessa queda aos impactos das enchentes, que afetaram rotinas escolares em diversas regiões, além de provocarem a suspensão de atividades essenciais no processo de aprendizagem inicial.
Para responder a esse cenário, o governo estadual ampliou o Programa Alfabetiza Tchê, que atua com acompanhamento pedagógico, formação continuada e monitoramento em tempo real das turmas.
Entre as ações em andamento estão:
Avaliações diagnósticas periódicas para medir a evolução dos estudantes.
Ampliação de orientadores pedagógicos que atuam diretamente junto às escolas.
Distribuição de materiais estruturados para apoiar o trabalho docente.
Visitas técnicas e apoio às equipes diretivas para reorganização dos planos de aula.
A Secretaria também destaca a importância da colaboração entre municípios e Estado na implementação do Programa de Recuperação da Aprendizagem, que foca especialmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Na capital, a Secretaria Municipal de Educação reforçou ações específicas, como:
Atendimento focado nas escolas mais atingidas pelas enchentes;
Acompanhamento direto da aprendizagem dos primeiros anos;
Expansão de formações voltadas à alfabetização e letramento.
O objetivo é garantir que mais crianças concluam o ciclo de alfabetização no tempo adequado, especialmente após um ano marcado por interrupções e desafios externos.
O Estado busca reduzir significativamente o percentual de crianças não alfabetizadas já no próximo ano. A expectativa é que o conjunto de ações integradas e o acompanhamento contínuo fortaleçam o processo de ensino e impactem diretamente os indicadores.
Segundo a Secretaria, o foco permanece em garantir que todas as crianças aprendam a ler e escrever na idade certa, assegurando equidade e qualidade no início da trajetória escolar.