Policial
Operação Madrinha: investigação revela facilitação de entrada de ilícitos em presídios da região
11/12/2025 10:35

 

Na manhã desta quinta-feira, 11 de dezembro, as ruas de São Luiz Gonzaga, Ijuí e Santiago começaram a se movimentar de maneira diferente. Viaturas, equipes especializadas e autoridades do Ministério Público do Rio Grande do Sul davam início à Operação Madrinha, ação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS).

A operação é resultado de uma investigação que começou em outubro deste ano e que colocou sob suspeita um esquema de facilitação de entrada de drogas, celulares e outros materiais proibidos no Presídio Estadual de São Luiz Gonzaga. De acordo com o promotor de Justiça Diego Pessi — responsável pelo 6º Núcleo Regional do GAECO – Missões — policiais penais teriam utilizado brechas no sistema de segurança para permitir que os itens chegassem aos detentos.

A ofensiva desta quinta-feira confirmou parte do que vinha sendo apurado. Dois policiais penais foram presos, além de uma ex-apenada. Um detento também recebeu um novo mandado de prisão. Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca em residências, estabelecimentos comerciais e nas unidades prisionais de São Luiz Gonzaga e Ijuí. Durante as diligências, os agentes apreenderam celulares, documentos, quantias em dinheiro e quatro veículos.

A operação mobilizou uma grande força-tarefa. Participaram das ações os promotores de Justiça Manoel Figueiredo Antunes e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, junto com 27 agentes do GAECO. A força policial também foi reforçada por 32 policiais militares, 73 integrantes do Grupo de Ações Especiais (GAES) da Polícia Penal e membros da Corregedoria.

Os crimes investigados incluem organização criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva. A expectativa do Ministério Público é que, com o avanço das análises dos materiais apreendidos, novas informações possam esclarecer o alcance da atuação do grupo dentro e fora do sistema prisional.

A Operação Madrinha segue em andamento, e novas fases podem ser desencadeadas conforme avançam as investigações.

Autor: Vinícius Sallet

Fonte: Ministério Publico

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