Marcelo Blume
O valor da atitude
15/04/2021 08:46
Foto: Arte | Eliara Cruz

Acredito que estamos numa fase em que a atitude das pessoas tem mais valor do que nunca. A sociedade precisa de gente com atitudes para enfrentar suas mazelas, que se agravam e tem aumento de impacto, seja pela falta de atitude, ou pelas atitudes negativas.

Fala-se muito em carreira e curriculum, porém, ascensão financeira, liderança, novas responsabilidades e desafios parece que estão definitivamente ligados a atitude. A ambição é inerente ao ser humano, e num determinado nível é fundamental para o progresso das organizações, das sociedades, e da qualidade de vida do indivíduo. Todavia, não basta ter ambição, num contexto social cada vez mais complexo.

Avaliar se todas as suas habilidades estão sendo utilizadas para ajudar a si mesmo, aos outros, e a comunidade ao seu redor, é uma atitude que teve aumento de importância nos últimos anos. Há quem queira pular etapas e estes tendem a ter mais dificuldades no futuro, pois investir em conhecimento acadêmico é a base, na qual as competências necessárias para o futuro serão alicerçadas. É uma base sólida, porém, não pode acomodar ninguém, em nenhuma área, necessitando-se de qualificação continuada e atitudes positivas diante do que se apresenta na vida pessoal e profissional. As atitudes também não são garantia de permanência na empresa, até porque algumas delas podem incomodar os mais acomodados. No entanto, é preciso se ter consciência de que as atitudes são as principais responsáveis pelo declínio ou progresso da marca e imagem profissional na mente das pessoas.

Respeito, cordialidade, segurança e complacência são atitudes fundamentais para estruturar qualquer reputação e fazem a diferença em qualquer área de atuação. Condutas negativas prejudicam até os indivíduos mais competentes, pois entre as atitudes mais indesejadas no mundo corporativo estão a arrogância, o conformismo, a desorganização, a emotividade, a fofoca, a impulsividade, a intolerância, o perfeccionismo, a teimosia, e a timidez.

Indivíduos que fazem críticas ácidas, mas recusam qualquer crítica ou contribuição de terceiros, demonstram arrogância, o que prejudica o trabalho e a produtividade em equipe. Pessoas conformistas, que se prendem ao que está estalecido, permanecem em suas zonas de conforto, ignoram possibilidades para desenvolver novas habilidades e acabam não somente se prejudicando, mas também sua equipe. Indivíduos desorganizados, que não entregam suas atividades nos prazos combinados são profissionais que geram perda de tempo, afetam a produtividade, os resultados de muitos colegas e da própria organização, tanto para si quanto para times e empresa. Pessoas temperamentais quase nunca são promovidas a líderes, suas emoções dificultam a tomada de decisões, principalmente em ambientes que exigem equilíbrio, imparcialidade e objetivo.

Outro conjunto de atitudes negativas começa com a fofoca, a criação de boatos que acabam por afetar a vida de todos direta ou indiretamente afastando a confiança dos colegas de trabalho e de gestores que tendem a não confiar em quem espalha informações. Impulsividade, reagindo sem pensar nas consequências aumenta a chance de se envolver em situações de risco, se envolvendo constantemente em controvérsias. Pessoas intransigentes tendem a desaprovar qualquer atitude que não esteja de acordo com os seus ideais, atitude que interfere nas relações interpessoais, fazendo com que sejam afastadas de qualquer tipo de equipe. O perfeccionismo e a teimosia, que às vezes andam juntas, são atitudes que geram ambientes desconfortáveis e indisposição para o trabalho coletivo.

Os comportamentos negativos desfavorecem qualquer indivíduo, por mais competência que tenha. Atitudes positivas podem mudar a vida de muita gente, começando com a sua. Pense nisso!

Um abraço e até a semana que vem!

Autor: Marcelo Blume

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