Saúde
Mais de 120 mil gaúchos aptos a receber a segunda dose de vacina contra o coronavírus ainda não se apresentaram
14/04/2021 08:31
Foto: Tânia Rego/Abr

Um relatório divulgado nesta terça-feira (13) pelo Ministério da Saúde sobre a vacinação contra o coronavírus nos Estados aponta que 123,5 mil gaúchos aptos a receber a segunda dose ainda não buscaram o serviço. Esse contingente representa 6,9% do total de pessoas que já receberam a primeira injeção de Coronavac ou Oxford no Rio Grande do Sul.

Conforme o portal da Secretaria Estadual da Saúde (SES), até o começo da noite desta terça-feira a primeira dose já havia sido aplicada a 1.786.583 habitantes do Rio Grande do Sul, o que equivale a 35,2% da população geral nos 497 municípios, que é de 11.329.605 pessoas. Já a segunda dose contemplou 418.072 gaúchos (8,2% do total).

No Brasil inteiro, eram cerca de 1,5 milhão de pessoas com esse tipo de atraso. O Estado com mais pessoas em atraso é São Paulo (343,9 mil), seguido por Bahia (148,8 mil), Rio de Janeiro (143 mil), Rio Grande do Sul (123,5 mil), Minas Gerais (89,1 mil) e Paraná (71,8 mil).

Já os Estados com menos doses em atraso são Amapá (5,7 mil), Tocantins (6 mil), Acre (6,1 mil), Alagoas (7,6 mil) e Roraima (8,5 mil).

A grande maioria dos atrasos está em doses da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. No total, 1.514.340 doses do imunizante estão em atraso, sendo 287 da Oxford/Astrazeneca, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Conforme o Ministério, mesmo quem perdeu o prazo previsto no cronograma de vacinação deve procurar uma unidade de saúde para regularizar a situação. Para acelerar a aplicação da segunda dose da vacina contra o coronavírus na população gaúcha, as vigilâncias municipais de Saúde receberão relatórios das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) com os nomes de todos os idosos que já podem tomar a segunda dose.

A base dos dados é o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (Sipni), abastecido pelos municípios, que são os responsáveis pela aplicação das vacinas. Os relatórios serão encaminhados nos próximos dias.

“O objetivo é apoiar os municípios para que planejem ações de busca ativa dessas pessoas e vacinem ainda mais, para que consigamos continuar em destaque positivo na vacinação no país”, diz Ana Costa, diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES.

Com as duas últimas remessas de vacinas que chegaram ao Estado, nos dias 2 e 8 de abril, foram distribuídas aos municípios cerca de 550 mil doses somente para a segunda aplicação em idosos.

“Essas informações nominais, que os próprios municípios podem gerar, é uma tentativa de auxiliar no reforço de estratégias locais, para facilitar a busca pelos faltosos e entender por que ainda não vacinaram”, explica Tani Ranieri, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). Ela acrescenta:

“Pode ter acontecido, por exemplo, de a pessoa ter adoecido, ou então já ter sido vacinada e o município ainda não ter tido tempo de registrar. Mas ressalto que, mesmo que o prazo tenha passado, é preciso que a pessoa tome a vacina, a qualquer tempo”.

O Estado recebeu 12 lotes que totalizam cerca de 3,1 milhões de vacinas e não há retenção de doses – nesta terça (13), 69% do total já estava aplicado. Assim que chegam ao aeroporto, na capital, são transportadas à Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), onde são separadas, embaladas e enviadas às 18 CRS espalhadas pelo Estado.

No último sábado (10), o Estado alcançou a marca de 2 milhões de doses aplicadas – 20 dias após ter chegado a 1 milhão. “Nesta semana, precisamos ampliar muito a aplicação da D2 (segunda dose) em idosos a partir de 73 anos. Todos os que já se vacinaram com a primeira dose devem olhar a caderneta de vacinação para saber se não está na hora de voltar ao posto de saúde para a dose de reforço”, afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Fonte: Agência Brasil

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